12/09/2018

CFM realiza o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2018, em Brasília

O presidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, e o secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol, representam o Conselho em evento que vai até sexta-feira (14)

Começa nesta quarta-feira (12) e segue até sexta-feira (14), em Brasília, o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do Ano de 2018 (II ENCM 2018). No período, estarão reunidos dirigentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos 27 Conselhos Regionais (CRMs) para analisar temas que configuram desafios para o exercício profissional e para a assistência em saúde da população brasileira. O CRM-PR está representado no evento pelo presidente, Wilmar Mendonça Guimarães, e secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol.

clique para ampliarclique para ampliarPresidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, e secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol, representam o Conselho no II ENCM (Foto: CFM)

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, nos últimos anos os encontros de conselhos têm possibilitado uma ação harmoniosa do sistema conselhal. "Essa sintonia tem feito com que as autarquias estejam mais próximas dos médicos, respondendo aos pleitos de forma efetiva, com ações que buscam a valorização da medicina e uma assistência de qualidade", disse.

Unificação

A mesa de abertura do II ENCM 2018 teve a presença dos presidentes das Federações Nacional dos Médicos (Fenam) e Federação Médica Brasileira, da Associação Médica Brasileira (AMB), além do CFM – reforçando a importância de atuação conjunta das entidades. "Esta mesa reflete a unificação da classe médica. Nossa prioridade é o médico e a medicina porque os pontos de divergência são secundários", afirmou Jorge Darze (Fenam).

Lincoln Ferreira (AMB) destacou: "é um momento de celebração que, apesar de todas as dificuldades, tivemos a maturidade de nos entendermos enquanto classe para estabelecermos uma atuação conjunta. E a proposta da categoria médica, hoje unificada, reflete um redesenho da assistência em saúde e nós médicos não podemos nos furtar, enquanto lideranças, desse processo de aperfeiçoamento da democracia".

Para Waldir Cardoso (FMB), "é um privilégio de participar deste momento no nosso sistema conselhal e, como lideranças, devemos refletir sobre período eleitoral vivido no Brasil e temos a obrigação cidadã de discutir", destacando sua preocupação com a adesão médica a candidaturas autocráticas.

O presidente do CFM relembrou que, em junho deste ano, "cerca de trezentas lideranças participaram do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas e, a partir de suas conclusões, foi elaborado o Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde, que agrega um conjunto de 39 propostas exequíveis – de curto, médio e longo prazos". Carlos Vital comunicou aos presentes que, devido ao trabalho conjunto de elaboração desse manifesto, tanto o Ministério do Trabalho quanto o da Saúde convidaram as entidades médicas a compor grupos de trabalho para definição de políticas públicas.

clique para ampliarclique para ampliarNa primeira conferência do evento, Aníbal Gil Lopes falou sobre competência e humanidade (Foto: CFM)

Reflexões

A primeira conferência do II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina 2018 foi ministrada pelo médico, teólogo e professor Aníbal Gil Lopes sobre competência e humanidade. "Medicina é competência e humanidade, é ciência e arte. Temos a profissão regulamentada, corrigida, atualizada e acompanhada pelos Conselhos de Medicina, mas a origem não está na medicina que conhecemos hoje. Antes, éramos capazes de exercer a medicina em sua totalidade, independentemente de especialidade. Nos últimos 60 e 70 anos, no entanto, o perfil do exercício médico mudou", pontuou Lopes levantando o debate sobre atuação irrestrita do médico a partir da graduação.

"O que um aluno deve saber ao terminar o curso são elementos fundamentais para sua atividade, instrumentos essenciais para qualquer área de atuação e eixos de pensamento do raciocínio clínico e cirúrgico. Estabelecer e cumprir um currículo médico contemporâneo que contemple as diferentes áreas e especialidades é humanamente impossível e isso tem sido causa frequente de dificuldades. Entendo ser a hora de discutir este aspecto extremamente polêmico, mas, mesmo que se mantenha a posição atual, é necessário que se compreenda a evolução da medicina", destacou o conferencista.

Fotos do evento

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