O Paraná é um dos estados que registrou maior número de dengue no Sul do Brasil. O Ministério da Saúde revelou no início de abril que o Paraná concentrava 97,44% dos casos da região Sul, a menos afetada pela dengue no País: são 137 ocorrências em Santa Catarina e 68 no Rio Grande do Sul. Com o objetivo de orientar médicos e demais profissionais da área, a Secretaria Estadual de Saúde com apoio do Conselho de Medicina está distribuindo um folder (imagem) em todo interior do Estado. O informativo contém diagnósticos e dicas de condutas médicas diante de paciente com suspeita de dengue, com orientações de exames clínicos, observações e dados sobre evolução para dengue hemorrágica.

No Estado foram notificados mais de 13 mil casos, sendo 5 mil confirmados, dos 135 mil suspeitos do país. Em Curitiba, já foram diagnosticadas e tratadas 33 pessoas que se contaminaram fora da cidade. Em todo o ano passado, o número dos chamados casos importados foi de apenas nove.

Para evitar que a dengue se torne problema de saúde pública em Curitiba, técnicos do serviço de vigilância em saúde da Secretaria Municipal da Saúde percorrem, a cada quinze dias, 800 pontos estratégicos da Capital como cemitérios, borracharias, ferros-velhos e garagens de ônibus. O objetivo é chamar a atenção do público para o problema. Além disso, os "agentes da dengue" distribuem folhetos explicativos informando como identificar e eliminar focos do mosquito e fazem levantamento quadrimestral da infestação em 33% dos imóveis da cidade. "É graças a esse trabalho permanente que foi possível determinar, em 2007, a existência de 45 focos do inseto - contra 37 de todo o ano passado", explica o vice-prefeito, Luciano Ducci.



As iniciativas dos Governos Estadual e Municipal visam orientar a população e os médicos sobre os cuidados e intensificar as ações de combate à dengue, além de informar sobre os cuidados, riscos e tratamento adequado para pacientes que tenham sido contaminados pelo mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti.