21/06/2018

CRM-PR recepciona 51 novos médicos em Curitiba

Entrega de carteiras foi realizada nesta quinta, 21, no auditório da Sede, com orientações éticas dos conselheiros

clique para ampliarclique para ampliarA diretoria do CRM-PR deu as boas-vindas e orientou os novos médicos que compareceram à reunião ética (Foto: CRM-PR)

Foram entregues as carteiras profissionais de 51 novos médicos em reunião ética realizada na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná. O evento ocorreu na manhã da quinta-feira, 21, e contou com as participações do presidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, do vice-presidente, Roberto Issamu Yosida, e do secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol.

Durante a cerimônia, o Dr. Roberto Issamu Yosida explicou brevemente o funcionamento e as áreas nas quais o Conselho atua. Em sua fala, ele destacou a relação entre a queda no número de sindicâncias abertas contra médicos e o trabalho de fiscalização e educação realizados pelo CRM-PR, nos últimos 10 anos.

“Hoje nós temos nove mil médicos a mais do que tínhamos em 2008 e, no entanto, temos a expectativa de não passar das 460 sindicâncias este ano”, disse. “São anos de trabalho contínuo que vêm dando resultados”. Em termos comparativos, somente em 2013 foram mais de 900 denúncias recebidas pelo Conselho.

Na sequência, o Dr. Luiz Ernesto Pujol reforçou, sobretudo, a importância do acolhimento e da humanidade na relação com o paciente. “Quando vocês acolhem o doente de uma maneira segura e respeitosa vocês conquistam o apoio, a confiança dele no tratamento que vocês vão oferecer”, disse.

Para ele, a dedicação, acolhimento e responsabilidade são aspectos que cabem ao médico, além da competência técnica, e as atividades do Conselho contribuem para desenvolvê-los. “Nós confiamos no preparo técnico que a maioria das escolas do Paraná dão a vocês, o que nós tentamos fazer nesta casa é aprimorar a parte humana do atendimento”, completou.

Encerrando a cerimônia, o Dr. Wilmar Mendonça destacou algumas das bandeiras que o CRM tem defendido, como a restrição à abertura de novas escolas de Medicina no país e a instituição do exame do egresso - uma prova que seria aplicada duas vezes, no quarto ano e ao final da graduação, para avaliar a qualidade da formação dos estudantes das faculdades médicas. “Nós não estamos insensíveis à irregularidade grave que está acontecendo neste país de autorização de faculdades de Medicina”, declarou.  Em seguida, chamou ao palco três dos novos médicos para a entrega simbólica dos documentos.

Novos médicos

clique para ampliarclique para ampliarDjonatan e Larissa foram colegas de classe durante a graduação na Faculdade Evangélica do Paraná (Foto: CRM-PR)

Djonatan Wilian de Lima (CRM-PR 39.992) já está sentindo na pele como é a rotina de médico. Há um mês ele começou a trabalhar com pronto-atendimento e, hoje, recebeu oficialmente seu documento das mãos do Dr. Wilmar Mendonça Guimarães. “É uma rotina pesada mas muito gratificante”, diz. “A expectativa agora é ir melhorando cada vez mais e pegando o jeito”.

Ele conta que, a princípio, não pretendia cursar Medicina. Em parte por preferir a área de ciências biológicas, mas também por não se achar capaz de ser médico, até que percebeu que era de fato a profissão que ele queria seguir. “A partir daí eu corri atrás, estudei muito e no final das contas deu tudo certo”, diz. Agora, formado pela Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), pretende se especializar em Oftalmologia.

Sua colega de classe, Larissa Hansen Marcondes (CRM-PR 40.050), também tinha esses mesmos receios. Ela prestou vestibulares para cursos diferentes e foi só quando passou na Fepar que se decidiu de vez pela Medicina. “Eu resolvi tentar, porque eu sempre gostei muito de lidar com as pessoas, de ajudar as pessoas,” diz.

Natural de Guarapuava, ela veio para Curitiba fazer cursinho preparatório e sabia que o processo para se tornar médica seria puxado. “A Medicina é um caminho difícil e como eu não tenho nenhum médico na família e nem amigos que tenham feito o curso, eu estava bem assustada no início”, conta.

Hoje, olhando para trás, ela afirma que o ritmo intenso da graduação foi necessário para ela desenvolver o preparo emocional para lidar com as responsabilidades éticas da profissão e vê o médico como alguém que tem a responsabilidade também de educar. “Cuidar do paciente também é educar ele sobre a sua saúde, é algo muito importante e que acaba negligenciado em outras áreas de educação”.

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