Realizada no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na última sexta-feira (17), a reunião do Comitê de Saúde Suplementar debateu assuntos relacionados ao autismo. Entre os temas em discussão a dificuldade do diagnóstico precoce do autismo, o que possibilitaria um tratamento mais eficaz para amenizar os sintomas.
 
A Associação Médica do Paraná (AMP) esteve representada pelo Dr. Gregor Paulo C. Santos, . O Dr. Luiz Ernesto Pujol, responsável pelos processos contratuais da mesma Comissão, também esteve na reunião e representou o Conselho Regional de Medicina (CRM-PR).
 
De acordo com o Dr. Pujol também esteve em pauta a possibilidade da criação de uma subespecialidade de autismo dentro da área da psicologia. “Foi discutida a possibilidade de os psicólogos criarem uma área de atuação exclusiva para o autismo, para que sejam verificadas as terapias mais adequadas”, explicou Dr. Pujol.
 
Dr. Gregor ressaltou que a discussão envolveu as necessidades de tratamentos relacionados ao transtorno do espectro autista, quais terapias e os prazos de reavaliação para liberação nas operadoras de saúde. “As operadoras colocaram que os custos elevados de terapias sem evidências científicas podem comprometer a sobrevivência de algumas operadoras de pequeno porte”, relatou o secretário da Defesa Profissional da AMP.
 
Ainda segundo Dr. Gregor, foi debatida ainda a necessidade de um entendimento conjunto entre profissionais da saúde e familiares de crianças com o espectro autista levando-se em conta o que há de mais eficaz à luz do conhecimento atual é essencial para o melhor cuidado delas. “Cogitou-se a criação de uma câmara técnica para a discussão de quais seriam esses tratamentos para auxiliar o judiciário frente às demandas e solicitações médicas”, explicou.
 
A reunião contou também com a participação de advogados das operadoras suplementares de saúde; advogados de planos de saúde; promotores e defensores públicos; juízes; e representantes do Conselho Regional de Psicologia.