14/09/2006

Médicos param em todo o País por mais segurança

Ontem, mesmo dia em que uma funcionária que denunciava agressões no trabalho foi assassinada em Governador Valadares (MG), médicos peritos do INSS deram início a uma paralisação nacional em protesto contra a falta de segurança. A greve, organizada pela Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP), deveria durar dois dias.

O protesto vinha sendo discutido havia algumas semanas e, por coincidência, ocorreu no dia em que Maria Cristina Felipe da Silva foi assassinada. Por causa da morte, a paralisação pode não terminar hoje, como estava previsto. 'Precisamos agora voltar a conversar com a categoria para saber que posição tomar', afirma o presidente da ANMP, Eduardo Rodrigues de Almeida.

Segundo a ANMP, não trabalharam ontem 90% dos 4,7 mil peritos do INSS. Segundo a entidade, a paralisação não chegou aos 100% porque muitos médicos ainda estão na fase de estágio probatório, isto é, ainda não têm estabilidade no cargo.

Também ontem, o INSS entrou na Justiça contra a ANMP. Na ação, o instituto argumenta que a paralisação é ilegal e abusiva, exige a volta imediata ao trabalho e pede uma multa de R$ 100 por perícia não realizada. O INSS também ameaça descontar do salário dos funcionários as horas não trabalhadas. Por mês, os médicos realizam cerca de 500 mil perícias em todo o País.

Fonte: O Estado de São Paulo



Médicos Peritos de Curitiba em greve e luto

O SIMEPAR (Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná) concedeu nesta quinta-feira, um espaço para os médicos peritos do INSS discutirem segurança do trabalho.

A iniciativa foi motivada por um fato ocorrido ontem, quando a médica perita Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de Governador Valadares (MG), foi assassinada com quatro tiros na frente da sua residência. Maria Cristina, delegada da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos), tinha 56 anos de idade, era casada e tinha quatro filhos. Antes do crime, ela havia concedido diversas entrevistas à imprensa regional de Minas, denunciando a falta de segurança no trabalho. Cristina ainda chegou com vida ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos em seu peito e cabeça.

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