Pôr ordem na comunicação entre duas mil operadoras de planos de saúde e seus mais de 150 mil prestadores de serviços médicos. Esse é o objetivo de um projeto criado em 2003 e que começou a ser implementado na sexta-feira em todo o setor de saúde privada, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - órgão responsável por fiscalizar as operadoras. Além de simplificar a comunicação, o programa deve reduzir custos e principalmente enriquecer o banco de dados sobre a qualidade dos tratamentos dados à população.

A implementação do programa de Troca de Informações em Saúde Suplementar (Tiss), que determina a transação de dados por meio eletrônico, esbarra na disparidade tecnológica existente entre grandes empresas e os pequenos prestadores de serviços, entre os quais se incluem os próprios consultórios médicos.

Segundo Aloísio Tibiriçá, conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), muitos médicos do interior do Brasil não têm sequer computadores e não poderiam aderir à Tiss. Por isso, o CFM pretende negociar com as operadoras para que elas mesmas cedam os equipamentos aos profissionais.

Fonte: Valor Econômico