29/11/2017

Paraná destaca redução de mortalidade materna e infantil

Estatísticas foram apresentadas durante o Encontro de Grupos Técnicos de Agilização e Revisão do Óbito

clique para ampliarclique para ampliarDados da redução da mortalidade foram apresentados em evento da SESA. (Foto: Venilton Küchler/SESA)

Nos últimos sete anos o Paraná diminuiu significativamente os índices de mortalidade de materna e infantil no estado. Os números impressionam e, no caso de morte materna, a redução chega a quase 48% na comparação com 2010. Os dados foram apresentados na terça-feira (28), durante o IV Encontro Estadual de Grupos Técnicos de Agilização e Revisão do Óbito, em Curitiba.

O encontro, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, tem como objetivo qualificar e aperfeiçoar os profissionais que atuam na Vigilância, na Atenção à Saúde e nos hospitais, tanto estaduais quanto municipais, para a formação intersetorial dos Grupos Técnicos.
“A integração entre os setores gera resultados visíveis na saúde do paranaense. Estamos muito próximos da meta estipulada pelo Governo do Estado para a redução da mortalidade infantil e da metas das Nações Unidas para redução da mortalidade materna. Temos que perseguir estes objetivos incessantemente para continuarmos a oferecer o melhor à população”, salientou o diretor geral da Secretaria de Saúde, Sezifredo Paz.

Em 2011, o Governo do Paraná estipulou a meta de reduzir seu percentual de mortalidade infantil para um dígito. Já a Organização das Nações Unidas definiu como meta para o Brasil reduzir até 2030 a mortalidade materna para 20 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.
Na comparação entre 2010 e 2017, o Paraná alcançou uma redução de 16% na mortalidade infantil e 11 regionais de saúde já estão dentro da meta estipulada pelo Governo do Estado. Os menores números são de Paranaguá, Paranavaí e Ivaiporã (com 7.9, 7.6, e 2.3 mortes por mil nascidos vivos, respectivamente).

“Esta redução é reflexo das estratégias intensificadas em todas as regiões do estado. Em 2011, quando demos início ao Mãe Paranaense, começamos a mudar uma realidade e geramos uma grande melhoria na qualidade do atendimento às crianças e gestantes. Mas ainda temos desafios, como a alta evitabilidade dos óbitos que ultrapassa os 60% em algumas regiões do estado”, enfatizou o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.

Já com os números de mortalidade materna, o Paraná reduziu o índice em 47,2% em relação a 2010. Em 2016, quatro regionais de saúde não apresentaram mortes maternas. São elas: Francisco Beltrão, Irati, União da Vitória e Telêmaco Borba.

“A responsabilidade de reduzirmos os índices de mortalidade no estado é enorme e só podemos cumpri-la unindo esforços. Os êxitos da Rede Mãe Paranaense, associados ao diálogo das gestões estadual e municipais, o monitoramento das situações de quase morte (near miss) e as ações de vigilância, são os responsáveis por esta realidade”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.

MÃE PARANAENSE

A Rede Mãe Paranaense organiza o atendimento materno-infantil, desde o pré-natal, o pós parto e o acompanhamento do crescimento das crianças, principalmente durante os primeiros anos de vida.

A Rede está presente nos 399 municípios do estado e, atualmente, é responsável pelo atendimento de mais de 80% das gestantes paranaenses, que recebem pelo menos sete consultas e 23 exames. Para receber atendimento, as gestantes devem procurar a unidade de saúde mais próxima.

EVENTO

O IV Encontro Estadual de Grupos Técnicos de Agilização e Revisão do Óbito ocorreu na terça (28) e quarta-feira (29), em Curitiba, no Teatro Guairinha.

Entre as diversas palestras previstas, estão ‘A abordagem do near miss materno no enfrentamento da mortalidade materna’, ministrada pelo médio da Fundação Oswaldo Cruz, Marcos Nakamura Pereira, e ‘As malformações como desafio ao enfrentamento da mortalidade infantil’, ministrada pelo médico obstetra Rafael Bruns, da Universidade Federal do Paraná. O evento contou ainda com salas temáticas para troca de experiências dos profissionais.

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