28/09/2018

Unimed promove quarta edição do Encontro de Tecnologia Aplicada à Saúde

O evento, também chamado de e-saúde, reuniu cerca de 300 pessoas em Curitiba; CRM-PR esteve representado pelo Dr. Gerson Zafalon Martins

clique para ampliarclique para ampliarEvento tratou de diversos temas relacionados à saúde e tecnologia (Foto: Unimed Paraná)

A quarta edição do Encontro de Tecnologia Aplicada à Saúde (e-saúde), realizada no último dia 14, reuniu cerca de 300 pessoas no auditório da PUCPR, em Curitiba. Durante a manhã, a discussão, organizada pela Unimed Paraná com apoio da PUC, Sebrae, Femipa e Academia Médica, versou, principalmente, sobre a inovação na saúde, a mudança de cultura para o processo de inovação e os vários aplicativos e soluções voltados à gestão da saúde.

Michael Kapps, da TNH Health, e Rodrigo Bornhausen Demarch, diretor de Saúde e Inovação da Mantris SP, falaram, respectivamente, de Apps de saúde e utilização da tecnologia no apoio ao controle das doenças crônicas não-transmissíveis. Fernando Carbonieri, fundador da Academia Médica, coordenou um debate com os dois, no qual foram realçadas as diferenças do Vale do Silício e da cultura brasileira.  

No primeiro painel do período da tarde, Daniel Greca, da KPMG Consultoria, falou do modelo baseado em valor, Andressa Gulin, professora de Medicina da Universidade Positivo, sobre a revolução digital e o impacto na gestão da saúde, e Marcelo Dallagassa, da Unimed Paraná, demonstrou as soluções de análise de informações aplicadas à saúde e a descoberta da jornada do paciente dentro dos princípios do modelo baseado em valor.

Já no painel Hospital Digital, coordenado por Flaviano Feu Ventorim, presidente da Femipa, os participantes Cláudio Giulliano Alves da

clique para ampliarclique para ampliarO Dr. Gerson Zafalon Martins representou o CRM-PR na mesa de abertura do evento (Foto: Unimed Paraná)

Costa, diretor da Folks, Paulo Paim, coordenador Nacional da Choosing Wisely, Luiz Francisco Cardoso, superintendente de Práticas Assistenciais e Pacientes Internados do Hospital Sírio Libanês, e Jacson Fressato, fundador e CEO da Laura, falaram sobre a importância das certificações e dos hospitais “paperless” (sem papel).

Paulo Paim evidenciou a boa utilização de recursos, a importância da saúde baseada em evidências e as recomendações das sociedades médicas, destacando o quanto o excesso pode implicar em riscos. Luiz Francisco comentou sobre a aplicação da utilização e implementação dos conjuntos padronizados ICHOM (Consórcio Internacional para Medida de Desfechos em Saúde). O evento foi finalizado com o palestrante Jacson Fressatto, que abordou a aplicação na utilização do aprendizado de máquinas para identificação de sepse no ambiente hospitalar.

Abertura

Na mesa de abertura do evento, estiveram presentes o presidente Unimed Paraná, Paulo Faria, o presidente da Unimed Curitiba, Rached Hajar Traya, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Tecnologia em Saúde Stricto Sensu da PUCPR, professor Percy Nohama, o representante do CRM-PR, Gerson Zafalon Martins, a chefe do departamento de Promoção à Saúde da SESA, Raquel Bampi, e o consultor Paulo Becker, representante da Femipa.

O médico Gerson Martins, representante do CRM-PR, fez um alerta em meio a todo entusiasmo que o ser humano tem por novas tecnologias. Ele destacou que os conhecimentos atuais e as novas tecnologias disponíveis na prática médica são grandes avanços. No entanto, a oferta de procedimentos em excesso pode causar sofrimento aos doentes, induzindo à distanásia, o prolongamento da vida a qualquer custo.

Citando Sandro Spinsanti, professor de Bioética, de Florença, Martins lembrou: “O médico, dominado pela obstinação terapêutica, considera seu dever exclusivo prolongar o mais possível o funcionamento do organismo do paciente, em quaisquer condições em que isso ocorrer, ignorando toda a dimensão da vida humana que não seja a biológica e, sobretudo, negligenciando a qualidade de vida e a vontade explícita ou presumida do paciente”.

Paulo Faria reforçou o coro, destacando que vivemos um momento ímpar da história da humanidade. “De um lado temos o transhumanismo, movimento intelectual que deseja transformar a condição humana, por meio da disponibilização de tecnologias capazes de aumentar as qualidades intelectuais, físicas e psicológicas. De outro, temos ainda realidades avassaladoras, frutos de questões sociais, comportamentais e ambientais, como o descaso com a vacinação, a falta de saneamento básico, de atenção primária, entre outros”. Ele frisou ainda que discutir tecnologia em saúde significa discutir os rumos que pretendemos dar ao nosso futuro e buscar maneiras de aproximar essas realidades.

Fonte: Imprensa Unimed Paraná

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