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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
  

OFÍCIO Nº 1470/2022/SVS/MS                                       

 

Brasília, 30 de setembro de 2022.

  

Ao Senhor  

Dr. ROBERTO ISSAMU YOSIDA

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná

Conselho Regional de Medicina do Paraná

Rua Victório Viezzer, 84, Vista Alegre

80.810-340  - Curitiba/PR

 

Assunto: Solicitando proteção aos profissionais que atendem os casos de Monkeypox, considerando a exposição profissional insalubre ao agente infeccioso, para os quais requer a priorização para vacinação.

NUP/SEI Nº 25000.110746/2022-75

 

Senhor Presidente,

 

Cumprimentando-a cordialmente e em atendimento ao Ofício nº 106/2022 - GABP (0028500672), referente a solicitação de priorizar a vacinação contra monkeypox aos médicos, considerando a exposição profissional insalubre ao agente infeccioso e considerando que neste momento, não haverá disponibilidade de vacinas para toda a população, vimos informar que: 

O Ministério da Saúde em articulação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) adquiriu 49 mil doses da vacina monkeypox via fundo rotatório, quantitativo este insuficiente para atender a demanda;

Cabe esclarecer que, a vacinação em massa contra a monkeypox não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, a OMS orienta que sejam adotadas estratégias robustas de vigilância e monitoramento dos casos, investigação e rastreamento de contatos para a doença;

Ainda, a OMS solicita que os países coletem e compartilhem dados sobre a eficácia das vacinas. Portanto, os programas de vacinação devem ser acompanhados por uma forte campanha de informação, farmacovigilância robusta e realização de estudos de efetividade e segurança da vacina e; que todos os esforços possíveis devem ser empregados para administrar as vacinas dentro de um esquema de pesquisa colaborativa e de protocolos de ensaios clínicos randomizados com ferramentas padronizadas de coleta de informação para dados clínicos e desfechos.

Portanto, tendo em vista o quantitativo limitado de imunizantes a ser disponibilizado ao Brasil, bem como as recomendações da OMS, não é possível realizar a vacinação em larga escala. As recomendações de uso e definição de grupos prioritários, estão sendo avaliadas entre Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e serão publicadas em documentos posteriores por esta Instituição.

Casos graves podem ocorrer, contudo a monkeypox apresenta uma letalidade menor que a varíola humana, erradicada em 1980. A cepa endêmica na África Ocidental, que tem uma taxa de letalidade de 1% a 3%, é a que tem sido responsável pelo surto atual em outros países. 

Informa-se que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de forma adequada, com a adoção das medidas de precaução (contato e gotículas) reduzem os riscos de contágio;  

Portanto, o Ministério da Saúde reconhece a importância de proteger todos os trabalhadores da saúde, porém, considerando o cenário atual, acima apresentado, informamos que neste momento não há possibilidade de atender à solicitação desse Conselho Regional de Medicina. Contudo, na obtenção de maior quantitativo de vacina, as estratégias poderão ser ampliadas, levando em consideração o cenário epidemiológico e a disponibilidade do produto.

A equipe técnica da CGPNI fica à disposição para outros esclarecimentos, podendo ser contatada pelo e-mail: cgpni@saude.gov.br ou pelos telefones: (61) 3315-3874.

 

Atenciosamente,

 

Arnaldo Correia de Medeiros

Secretário de Vigilância em Saúde


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Documento assinado eletronicamente por Arnaldo Correia de Medeiros, Secretário(a) de Vigilância em Saúde, em 30/09/2022, às 11:30, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e art. 8º, da Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.


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Referência: Processo nº 25000.110746/2022-75 SEI nº 0029529250

 

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