20/04/2018

Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa no dia 23 de abril

A previsão do Ministério da Saúde é de que 54,4 milhões de pessoas recebam a vacina até 1º de junho

O Ministério da Saúde, em conjunto com os estados e municípios, realiza a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A mobilização começa na próxima segunda, 23 de abril, e segue até 1º de junho, sendo sábado (12 de maio), o dia de mobilização nacional, quando estarão abertos 65 mil postos de vacinação. Ao todo, deverão receber a vacina 54,4 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, que serão entregues em etapas aos estados.

A campanha vai priorizar os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O que abrange pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema prisional.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explica como a campanha de vacinação em grupos específicos protege, inclusive, as pessoas que não se vacinam. Segundo ela, quando se vacina um grande grupo de pessoas há uma diminuição da circulação do vírus, o que garante indiretamente a proteção de quem não se vacinou. “É o que nós chamamos de imunidade de grupo ou rebanho”, diz. “Por isso, a necessidade de que o público prioritário tenha elevada cobertura vacinal porque, desta forma, também estaremos protegendo aqueles que não terão acesso a vacinação”.

A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS, (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

Demais dúvidas acerca dos requisitos para o funcionamento dos serviços de vacinação e os procedimentos básicos são esclarecidos na nota técnica publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 18. O documento detalha e traz uma série de comentários sobre o regulamento técnico que trata do tema, o RDC 197/2017. Os tópicos abordados vão desde as exigências de infraestrutura referente aos locais onde será aplicada a vacina, até questões mais técnicas envolvendo os registros e notificações das vacinações. Clique aqui para ler a nota na íntegra.

Casos da doença

Em 2018, até 14 de abril, foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado. No Paraná, os números ficam em 26 casos confirmados - exatamente a metade de todos os casos da região Sul - e cinco óbitos.

No mesmo período de 2017, foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1; 244 casos e 30 óbitos por H3N2; 81 casos e 24 óbitos por influenza B; e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.

O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
A OMS estima que cerca de 1,2 bilhão de pessoas no mundo apresentam risco elevado para complicações da influenza: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica. Em populações não vacinadas, a maioria das mortes por influenza sazonal é registrada em idosos.

Fonte: Amanda Mendes (Agência da Saúde), com informações da Anvisa e CRM-PR


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