Instituto Brasil de Medicina

Luiz Ernesto Pujol

ELEIÇÕES 2018: Mensagem aos Médicos Paranaenses

As demandas impetradas pelos órgãos representativos da classe médica contra as improvisações de “políticas governamentais cosméticas”, na área da saúde, têm mostrado ineficácia frente à inércia e ao não comprometimento dos parlamentares em geral e, lamentavelmente, também de alguns médicos atuantes nos parlamentos, os quais deveriam apoiar as legítimas reivindicações de sua classe profissional, mas não o fazem.

Diante desta situação, decidiu-se pela formação de uma organização, a qual congregasse os órgãos representativos e as Sociedades de Especialidades Médicas para que, em uníssono com a Frente Parlamentar da Medicina, atualmente, capitaneada pelos Deputados Federais Luciano Ducci (PSB-PR), Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e pelo Senador Ronaldo Ramos Caiado (DEM-GO), ocorresse uma mobilização da classe médica, no sentido de escolher candidatos aos parlamentos Municipais, Estaduais e Federais, os quais, após eleitos, deverão atuar de forma unificada, reforçando o número dos componentes da Frente Parlamentar da Medicina.

No início de 2018, esta organização se consolidou, legalmente, passando a se denominar Instituto Brasil de Medicina (IBDM), cabendo sua coordenação, não remunerada, ao Prof. Dr. Luiz Carlos Sobânia.

O IBDM tem como princípio instigar a classe médica a participar da política da saúde de forma apartidária, porém com efetividade e clareza de propósitos. A escolha dos candidatos deverá considerar a idoneidade, o idealismo, a serenidade, e a ilibada conduta profissional, ética e social dos mesmos.

Os médicos e suas Entidades deverão apontar colegas que VERDADEIRAMENTE sejam representantes da classe médica, os quais indicados, apoiados e eleitos, por médicos, se comprometerão a criar e a aprovar Leis, que venham trazer benefícios à saúde da população, permitindo o exercício de uma Medicina técnica e eticamente respeitável, tendo por base que, nesta ciência, os julgamentos são baseados em verdadeiro ou falso, inexistindo o “meio termo” tão comumente utilizado, pela maioria dos políticos atuais.

Médicos assim eleitos serão avalizados a ações legais, por uma política realmente responsável de proteção à Medicina de qualidade, tanto no setor público, como no setor suplementar.

Algumas Sociedades de Especialidade ainda não se conscientizaram da importância desta proposta, fazendo-se necessário que sejam incentivadas à agregação ao IBDM, as quais na qualidade de formadores de opinião perante a sociedade poderão angariar votos aos seus escolhidos candidatos.                         
Vale lembrar: é nos Parlamentos, onde as Leis são criadas, que poderemos interferir, nas decisões governamentais, que tantas mazelas têm trazido à área médica no País, principalmente: a falta de uma Carreira de Médico no setor público; a interferência de outras profissões nas atividades legalmente restritas aos médicos; as escolas médicas em número excessivo e sem condições técnicas e estruturais para uma boa formação dos acadêmicos; o insuficiente financiamento do SUS, com Tabelas de ressarcimento à atividade médica, as quais há muitos anos estão defasadas; a escassez de vagas em Residências Médicas com aviltante ressarcimento econômico aos Residentes; o salário vergonhoso aos Mestres e Preceptores; as precaríssimas condições de trabalho e de segurança nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento; a desmedida alocação de recursos em ações puramente demagógicas como: o Programa Mais Médicos (privilegiando a quantidade em detrimento da qualidade); a disponibilização de PICs (Práticas Integrativas e Complementares que em sua maioria não possuem nenhuma fundamentação científica), também; a perigosa intenção de um novo modelo estruturante para o sistema nacional de saúde, e ainda; o total descaso com o Saneamento Básico a ser disponibilizado à população, causa da perpetuação de inúmeras doenças que atingem nossa população.

Artigo escrito pelo médico pediatra Luiz Ernesto Pujol, que integra o Departamento de Defesa Profissional da Associação Médica do Paraná e também é ex-presidente e atual conselheiro e secretário-geral do CRM-PR.

** As opiniões emitidas nos artigos desta seção são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, o entendimento do CRM-PR.

 

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