15/08/2006

Nova presidente defende Associação das Mulheres Médicas mais ativa em ações sociais

A Associação Brasileira de Mulheres Médicas (AMMP), Seção Paraná, conta com nova diretoria para o período de 2006 até o início de 2008. Quem assumiu a presidência foi a pediatra Du Su Ying, que participa da entidade há 35 anos (desde 1971). Para as atividades profissionais, a médica vem dividindo o seu tempo para dedicar-se à Associação e aos trabalhos no Hospital das Nações, Hospital da Cruz Vermelha e no consultório particular.

Sob a coordenação de 17 médicas, que se reúnem de duas a três vezes por mês, a Associação conta hoje com aproximadamente 150 integrantes, mas vem crescendo em bom ritmo. "A mulher médica é muito atarefada e, por isso, muitas vezes não tem tempo para participar das atividades de uma associação como a nossa", explica a nova presidente da AMMP, que é natural da China e se formou na Universidade Federal do Paraná em 1969.

Entre as atividades desenvolvidas pela Associação, destacam-se os encontros com caráter científico, cultural e social, além de outros eventos para discussões de temas da agenda da médica, profissionais ou pessoais. Para a nova gestão, as prioridades iniciais são de desenvolvimento de ações sociais, a busca pela ampliação do quadro associativo e esforços para que a entidade volte a ter caráter de utilidade publica.

A Associação Brasileira de Mulheres Médicas nasceu em 16 de novembro de 1960, no Rio de Janeiro, mas contando com fundadoras espalhadas pelo Brasil, principalmente no próprio Rio, Paraná e São Paulo. Como consta do livro A história da Associação Brasileira de Mulheres Médicas, os objetivos iniciais da entidade - ligada à Medical Women's International Association (MWIA) - eram promover o encontro e a amizade entre as médicas, o intercâmbio científico, o estudo de problemas de saúde da comunidade em geral e o auxílio mútuo para a resolução de problemas inerentes à condição de médica, mãe de família e dona de casa.

A Seção do Paraná foi criada seis anos depois e ganhou tanta projeção, pelo trabalho empreendido, que hoje está cotada para se tornar a sede nacional. A Dr.ª Du Su Ying destaca que as primeiras associações para mulheres médicas surgiram como um espaço para que as profissionais pudessem lutar por seu direito de ser médica e pela igualdade na profissão. "Isso já não existe mais, as mulheres conquistaram o respeito como médicas. Antes, a profissão era quase que exclusiva dos homens. Hoje, o número de mulheres que se forma já está ultrapassando o de homens", avalia.


Por Roberta Braga, jornalista.

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