07/11/2018

Sesa alerta para a prevenção e combate da sífilis

Boletim Epidemiológico lançado em outubro mostra aumento na ocorrência de casos da doença no Paraná

Além da campanha de prevenção ao câncer de mama e colo de útero, o mês de outubro também marca o combate à sífilis, doença cujas ocorrências, segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) têm aumentado no Paraná nos últimos anos. Você pode conferir a íntegra do documento, neste link.

A sífilis é uma doença infecciosa transmitida por contato sexual ou das mães para os filhos durante a gestação. Entre os principais efeitos causados por ela estão pequenas feridas nos órgãos sexuais e boca, além do aparecimento de ínguas. Existem três tipos de sífilis: a adquirida (que é transmitida por relações sexuais), em gestantes (que adoecem depois de ter relações com uma pessoa infectada) e a congênita (transmitida de mãe para filho durante a gestação).

Em números gerais, os dados mais recentes apresentados pelo boletim são de 2016. Nesse ano, o número de notificações no Paraná foi de 5.561 casos de sífilis adquirida, 2.064 casos de sífilis gestacional e 725 casos de sífilis congênita. Ainda em 2016, a taxa de detecção no Brasil foi de 42,5 casos de sífilis adquirida/100 mil habitantes, enquanto no Estado do Paraná a taxa alcançou o valor 49,5/100 mil.

Comparando os índices nas taxas de incidência para os três tipos da doença em 2010 e em 2017, registra-se um aumento em todas as categorias - como ilustra o gráfico abaixo. A sífilis congênita passou de uma taxa de 1 para cada mil nascidos vivos (NV), para 5,7/1.000NV e a sífilis em gestante foi de 1,9 para 14,9/1.000NV. Já a sífilis adquirida teve um salto nas taxas de detecção de 2 casos para cada 100.000 habitantes, para 69, em 2017.

Fonte:
            DST/Aids/HV/TB/CEPI/SVS/SESA, SinanNet, 20/08/2018

Taxas de detecção (por 100 mil habitantes) de sífilis adquirida, (por mil nascidos vivos) de sífilis em gestante e (por mil nascidos vivos) de sífilis congênita, segundo ano de diagnóstico. Fonte: DST/Aids/HV/TB/CEPI/SVS/SESA, SinanNet, 20/08/2018

Prevenção

Em evento alusivo ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, realizado pela Sesa e a Sociedade Paranaense de Pediatria em 29 de outubro, a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, destacou que o aumento dos casos não é algo novo. “A sífilis é uma doença que existe há muitos anos. Desde 2010, a notificação de casos da sífilis adquirida é obrigatória, por isso hoje podemos ver o elevado número de ocorrências na população, decorrente também do acesso ao diagnóstico e maior sensibilidade na detecção dos casos”, diz Júlia. Ela reforça, ainda, que a melhor maneira de prevenir-se contra a sífilis é se protegendo nas relações sexuais.

“O uso de preservativos ainda é uma das maneiras mais eficazes de evitar qualquer doença sexualmente transmissível (DST). Com a camisinha podemos diminuir os números da sífilis e de outras doenças, como a Aids, por exemplo”, afirmou a superintendente.

Já, com a sífilis congênita, os riscos para o bebê são significativos, pois a doença pode se manifestar logo após o nascimento ou até nos dois primeiros anos de vida da criança. Ao nascer, as crianças infectadas com a sífilis podem ter pneumonia, feridas pelo corpo, deformação dos dentes, problemas ósseos, cegueira, surdez e até deficiência mental.

“O aumento dos casos de sífilis congênita não é uma realidade apenas do Paraná. Hoje em dia o Brasil como um todo vive uma epidemia desta doença. Boa parte das crianças que nascem com sífilis transmitida pela mãe terá má formações neurológicas, cognitiva ou motora. As gestantes precisam entender que este problema pode ser evitado com atitudes simples”, destacou o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd, também presente no evento.

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