A sobriedade da lei

A lei que acaba com a tolerância a bebidas alcoólicas ao volante é uma grande vitória da saúde pública e da população brasileira. São 17 mil mortes por ano motivadas pela relação álcool e direção, além de outras vidas e famílias desestruturadas devido aos acidentes. Somente o Sistema Único de Saúde gasta R$ 5,6 bilhões em resgates e internações de vítimas do trânsito, o que equivale à quase totalidade do que investimos para atender 100 milhões de brasileiros com o Programa Saúde da Família.

O País não pode mais conviver com tamanha violência no trânsito. É esta a mensagem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva corajosamente à sociedade brasileira, ao sancionar esta lei. Ela está em consonância com as metas do programa Mais Saúde, do Ministério da Saúde, que prevê ações para conter as mortes violentas. Aqueles que viviam à margem da legislação, colocando a sua própria vida e a de terceiros em risco, têm agora a certeza de que, se flagrados, serão punidos com mais rigor, como já ocorre em países como Canadá, Estados Unidos e Inglaterra.

Neste ano, divulgamos uma pesquisa realizada com mais de 55 mil pessoas das capitais brasileiras, que nos trouxe uma resposta assustadora: cerca de 150 mil pessoas dirigem após ingerir bebidas alcoólicas nas capitais. Se fizermos uma projeção para todo o Brasil, esse número chega a 350 mil pessoas que assumem conduzir seus veículos com seus reflexos alterados.

Para o poder público, coloca-se o dever de fazer cumprir a lei e defender a vida e a saúde da população. O que se espera desta sociedade é uma cultura de paz e de responsabilidade, que possa se refletir numa vida longa e com qualidade.


José Gomes Temporão - Ministro da Saúde no Brasil

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