29/01/2009

Alerta: Falsos fiscais da Vigilância Sanitária aplicam golpes

Comerciantes e médicos estão sendo alvo de falsos fiscais da Vigilância Sanitária de São Paulo. Só neste mês, a responsável por um mercado pagou R$ 250 a um estelionatário sob ameaça de ser multada, e a Secretaria Municipal de Saúde recebeu outras duas denúncias de tentativa de golpe. Um alerta publicado ontem no Diário Oficial do Município afirma que "vários estabelecimentos" da Brasilândia (zona norte), da Lapa e do Butantã (zona oeste) e dos Jardins (zona sul) "têm sido vítimas" de golpistas.

O mercado onde houve a extorsão fica na Avenida Deputado Emílio Carlos, na Brasilândia. "Fizeram inspeção e disseram que, para não autuar, seria preciso pagar. É o que ocorre", diz Ricardo Antônio Lobo, gerente de Produtos e Serviços da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Dias depois, num curso de atualização na Prefeitura, a comerciante soube que tinha sido vítima de um golpe. O caso foi registrado no 72º Distrito Policial (Vila Penteado).
Segundo investigadores, o grupo conseguiu levar o dinheiro alegando que o mercado seria interditado por falta de higiene. Os responsáveis pelo estabelecimento não pediram crachá ao grupo.

As outras duas denúncias foram feitas anonimamente por responsáveis por estabelecimentos médicos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi relatado que falsos agentes sanitários estavam tentando "conseguir vantagens". Em outro caso, o golpista tentou marcar encontro com o denunciante, mas não falou em valores.

Para facilitar a identificação dos funcionários, a partir do final da semana que vem os fiscais passarão a utilizar jalecos com o brasão da Prefeitura e o símbolo da Covisa. Todos os cerca de 160 mil estabelecimentos da capital que fornecem produtos e serviços de saúde (incluindo cabeleireiros) devem ser fiscalizados pela Covisa.
Para ampliar o número de estabelecimentos registrados na Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Prefeitura, está em estudo o fim da taxa cobrada dos varejistas de alimentação. "A gente está revendo essa situação, porque é o único serviço hoje que cobra taxa", afirma Lobo. A eventual abolição, ressalta, é uma posição ainda interna da Covisa. "A ideia que temos é facilitar o acesso." A medida não tem prazo para ser implementada.


Fonte: O Estado de São Paulo

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