12/04/2019

CRM-PR repudia ato de violência perpetrado contra médica em UPA

Fato ocorreu em serviço de saúde de Colombo, Grande Curitiba, onde outras duas agressões tinham sido registradas nos últimos dias

O Conselho Regional de Medicina do Paraná emitiu nota de repúdio por mais um caso de violência contra profissionais de saúde, desta feita em uma unidade de pronto atendimento do Alto Maracanã, em Colombo, e que teve como vítima uma médica do serviço público. A agressão ocorreu na noite de quinta-feira e foi perpetrada pelos pais de uma paciente de sete anos. Além de agredida, a médica teve parte do cabelo arrancado.

O caso foi parar na Delegacia de Polícia do distrito da Grande Curitiba, onde o casal foi ouvido e liberado. Foi o terceiro ato de violência no local nas últimas três semanas. Antes, um médico tinha sido agredido com um soco no rosto e uma auxiliar de enfermagem atingida com um chute no peito. No mesmo período, um médico da Maternidade Alto Maracanã, unidade vizinha à UPA, precisou acionar a polícia para impedir atos de violência de um homem cuja mulher estava em trabalho de parto.

A médica de 41 anos, que desde o primeiro semestre do ano passado trabalha na UPA, ficou muito abalada com o episódio, tendo destacado que não apenas tinha antecipado o início de seu plantão mas, também, dedicado especial atenção à família, embora a mesma não estivesse em fila de urgência. A profissional recebeu a orientação para voltar à repartição policial nesta sexta-feira (12), para prestar depoimento, sendo acompanhada pelo conselheiro-gestor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional do CRM-PR, Dr. Carlos Roberto Naufel Junior, e pelo advogado Afonso Proenço Filho.

O episódio na unidade de saúde teve grande repercussão e ocorre em meio a uma campanha deflagrada pelo Conselho Federal e os Regionais de Medicina visando combater a violência contra médicos e demais profissionais de saúde, inclusive incentivando os registros das ocorrências para amparar estatísticas e exigir providências enérgicas dos organismos competentes. Além de apelo levado pelo CFM aos Ministérios da Segurança e Saúde e das Casas Legislativas, no âmbito do Paraná o CRM-PR já realizou no último mês audiências com os secretários de Segurança Pública e da Justiça, Família e Trabalho, bem como vem orientando os médicos de como proceder em casos de violência e assédio moral.

 

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