22/11/2007

Cinco postos de saúde de Ponta Grossa ficam sem atendimento

Médicos reivindicam melhores condições de trabalho no SUS. No restante do estado não houve paralisação


Médicos e diretores de hospitais fizeram uma manifestação, na manhã de quarta-feira (21), em frente ao Hospital de Clínicas (HC) em Curitiba. A movimentação fez parte do "Dia Nacional do Protesto" que cobra melhorias nas condições de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo reportagem do ParanáTV, em cinco postos de saúde de Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, os médicos não prestaram atendimentos.


Quem precisou de consulta teve que marcar para outro dia. Na maioria das cidades do Paraná, no entanto, não houve paralisação dos médicos. Em Curitiba, nos postos de saúde e hospitais os médicos atenderam normalmente. Na manifestação do HC os profissionais da saúde não fizeram nenhuma reivindicação específica, querem apenas respeito.



Médicos fizeram uma manifestação em frente ao HC para cobrar melhorias nos repasses feitos pelo SUS
De acordo com o ParanáTV, os médicos que trabalham para o SUS recebem R$ 2 por consulta. Na rede de saúde privada o valor da consulta pode chegar até R$ 60. Para um parto normal, o SUS paga R$ 236 para os médicos. No mesmo procedimento na rede privada o valor sobe para R$ 600. Em uma cesariana o valor repassado pelo SUS é de R$ 386 ao contrário da saúde privada que é de R$ 1.600.


Muitos dos médicos que atendem pelo SUS não são empregados, prestam serviços e não têm salário fixo. Em todo o Brasil a categoria quer estabelecer um piso salarial, que seria de R$ 6.963 para que os médicos não dependam da quantidade de atendimentos.


As condições de infra-estrutura dos hospitais também foram discutidas no protesto. "A saúde não está doente, ela está em coma há muitos anos. Necessitando de medicamentos mais que especiais. Esperamos que a classe política tenha sensibilidade de ver que a saúde é um direito do cidadão um dever do Estado. O HC, o Evangélico, a Santa Casa, os hospitais filantrópicos estão um caos, por falta de vagas e de investimentos na saúde", afirmou o presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo ao ParanáTV.



Fonte: Gazeta do Povo

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