05/11/2007

Cola de ossos


Novo cimento biológico é testado para fratura de espinha

Uma equipe de pesquisadores ingleses e irlandeses está desenvolvendo um cimento biológico para reparar fraturas na espinha vertebral. O problema é um dos mais sérios que podem ocorrer na estrutura e quase sempre é provocado por acidentes de carros. Para a medicina, trata-se de um grande desafio em termos de tratamento. "Este tipo de fratura causa a fragmentação das vértebras e em muitos casos pedaços de ossos podem pressionar a medula espinhal", explica a pesquisadora Ruth Wilcox, do Instituto de Engenharia Médica e Biológica da Universidade de Leeds, na Inglaterra.

Quando isso acontece, é um desastre. Formada por nervos, a medula espinhal - que fica protegida pelos ossos da coluna vertebral - é o principal canal de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. É por meio dela que o cérebro envia as ordens de movimento, por exemplo, para braços e pernas. Se por algum motivo essa estrutura for lesada, o indivíduo corre o risco de perder funções importantes, como a de caminhar.

Acidentes de carro estão entre as principais causas de fraturas na espinha. Elas podem lesar a medula e provocar a paralisia de braços e pernas.

Até hoje, o jeito encontrado pela medicina para tratar as fraturas na espinha é um tanto quanto agressivo. "Em geral, os cirurgiões podem juntar os fragmentos ósseos e tentar estabilizar a estrutura com o auxílio de pinos", diz Ruth. "Mas normalmente os pacientes estão em péssimo estado, o que torna esse procedimento muito delicado", explica a cientista.

É por isso que os médicos buscam outras alternativas, menos agressivas. O cimento biológico é uma delas. Ele já está sendo usado para fortalecer vértebras enfraquecidas por doenças como a osteoporose, caracterizada pela fragilização do esqueleto. "Mas acreditamos que o mesmo material possa ser injetado nos locais das fraturas e agir como se fosse um componente do osso, se integrando à estrutura óssea", afirma Fraser Buchanan, outro participante do projeto.


Fonte: Revista IstoÉ

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