12/08/2022

Comissão Monkeypox tem reunião com representantes de serviços de epidemiologia da Sesa e de Curitiba

Apresentação do cenário da doença no Brasil e no Mundo precede evento que CRM-PR vai realizar na quarta-feira (17) com o tema “Monkeypox: O que sabemos até agora?” e que visa orientar sobre prevenção e manejo

O Conselho Regional de Medicina do Paraná realizou na tarde da última quarta-feira (10), a 1ª Reunião da Comissão Monkeypox, contando com as participações da Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde; da chefe do Sievs Paraná, Paula Linder; e da Coordenadora da Divisão de Agravos Agudos Transmissíveis do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Marion Burger. Estiveram em análise questões como o plano nacional de contingência, cenário epidemiológico mundial, vacinação, atualização de conhecimento e cuidados de prevenção entre médicos e demais profissionais de saúde. A reunião foi presencial, na sede do CRM-PR, e pelo meio remoto.

A atividade inaugural da Comissão ocorreu pouco depois do webinar “Monkeypox: o que você precisa saber”, realizado pelo Ministério da Saúde e que contou com mais de 1,7 mil participantes. O vídeo está disponível no canal do YouTube do MS e pode ser conferido AQUI. Outros eventos de orientações aos médicos estão programados, um deles agendado pelo CRM-PR para a próxima quarta-feira (17), a partir das 19h. O tema será “Monkeypox: O que sabemos até agora?”. Será palestrante a Dra. Marion Burger, que também é professora do curso de Medicina da Católica do Paraná, Campus de Curitiba. É gratuito e dá direito à obtenção de certificado. É realizado em parceria com a Sesa e trará as principais informações disponíveis no momento, assim como indicações de prevenção e manejo da doença. Clique AQUI para se inscrever.

Cenário da doença

As representantes das Secretarias Municipal (Curitiba) e estadual de Saúde fizeram apresentação do cenário da Monkeypox, ressaltando o nível emergência no território nacional. Nos Estados Unidos, o último caso havia sido registrado em 1952, enquanto na Europa em 1953. No Brasil, em 1971. Na África, os últimos casos tinham sido registrados em 1977. A doença ressurgiu no início de maio último, com infecção de um cidadão do Reiuno Unido que havia viajado para a Nigéria.

Até quarta-feira, quando da realização do webinar pela Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, os casos no mundo já eram 32 mil, com infectados em 93 países. No Brasil, que está em sexto lugar em quantidade (depois de EUA, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França), o total é de 2,5 mil, a maioria detectada em São Paulo. No Paraná, até a metade da semana, eram 52 casos confirmados, 60 sob suspeita e 64 descartados. Dos confirmados, 48 eram de Curitiba. São 10 os óbitos no Mundo, sendo um único no Brasil, em Minas Gerais. Das pessoas infectadas, a maioria é na faixa etária entre 30 e 38 anos e o tempo de isolamento é de 14 a 28 dias. Somente 7,5% dos casos resultaram em hospitalizações.

De acordo com as especialistas, é preciso aumentar a sensibilidade para detectar os casos, com o que é indispensável a notificação imediata para o enfrentamento da doença. Assim, médicos devem estar atentos à erupção cutânea nos pacientes, situação presente na quase totalidade dos casos. Profissionais devem observar as diretrizes presentes na Resolução Sesa 537/2022 e observância dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) quando de atendimento a casos suspeitos, como uso de óculos ou protetor facial, avental, máscara cirúrgica e luvas. Importante ainda que os médicos bem orientem os pacientes sobre os cuidados que devem ter para recuperação e para evitar contaminar outras pessoas.

De acordo com o Ministério da Saúde, devem ser adquiridas 55 mil doses da vacina, dentre as existentes no mercado internacional. A imunização deve ocorrer até o quarto dia após o contato com a pessoa infectada, num processo necessário para bloquear a expansão da doença.

clique para ampliarclique para ampliarPrimeira reunião da Comissão Monkeypox. (Foto: Reprodução)

Conhecendo a doença

O webinar realizado na quarta-feira e que pode ser conferido no canal do YouTube do Ministério da Saúde contou com a participação do infectologista Carlos Frank, do Departamento de Emergências em Saúde Pública. Ele apresentou o tema “Contexto Histórico e Epidemiologia”. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, apresentou o tema “Quadro Clínico”. “O Manejo Clínico foi abordado por Ho Yeh Li, consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), enquanto as medidas de prevenção e controle foram apresentadas por Antônio Bandeira, professor e coordenador da Infectologia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, de Salvador/BA.

Também participaram do evento a diretora do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Daniela Buosi, e representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Na próxima segunda-feira (15), a partir da 14h, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba vai apresentar outro webinar sobre atualizações da doença. Será palestrante a Dra. Ho Yeh Li, da OPAS. O evento é gratuito. Ainda na segunda-feira, a partir das 19h, as dermatologistas Roberta Ayres e Fabíola Menegoti Tasca participam de live em Maringá com o tema "Como diagnosticar um caso suspeito de Monkeypox?". Para acompanmhar, clique AQUI.

MONKEYPOX. PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA.

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