28/03/2008

Conselheiro aborda efeitos do cigarro em palestra


Médicos e demais profissionais do Hospital e Maternidade Santa Brígida participaram de palestra sobre "Tabagismo: enfoque entre profissionais da área de saúde", realizada às 20h30, de 28 de março, no anfiteatro do hospital.

Ministrada pelo coordenador da Comissão de Saúde do Médico do CRMPR, membro da Câmara Técnica de Controle do Tabagismo do CRMPR e atual presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria (SPP), Marco Antonio Bessa, a palestra foi promovida em parceria com a Comissão de Ética do HMSB.

O objetivo destas palestras, que serão realizadas pelo CRMPR em vários hospitais da cidade, é realizar campanhas de conscientização e incentivo para que os profissionais busquem tratamento para deixar de fumar. A ação concreta do HMSB foi fechar o "fumódromo".


Tabagismo: uma ameaça global


A Organização Mundial da Saúde divulgou recentemente um novo relatório sobre os esforços no controle do tabagismo com um alerta: somente 5% da população mundial vive em países com adoção de medidas-chave que reduzem as taxas do tabagismo. Se não houver um esforço global para diminuir o número de fumantes, o tabagismo pode matar 1 bilhão de pessoas no século 21, nos países em desenvolvimento, grupo no qual está enquadrado o Brasil. Esta previsão significa 10 vezes mais mortes do que se previa no século passado. O cigarro mata 5,4 milhões por ano no mundo (mais do que a soma das vítimas de tuberculose, malária e Aids), número, aliás, que deve crescer para 8 milhões em 2030, de acordo com projeção da OMS.

O novo documento enfatiza o impacto do fumo nos países em desenvolvimento, já que 80% das mortes previstas para 2030 vão ocorrer nessas nações, de acordo com a organização. O consumo de tabaco está em queda nos países ricos, mas é crescente nos pobres e de renda média, segundo a OMS.


COMO PREVENIR A CATÁSTROFE

O documento também revela que os governos, na maioria dos países, investem muito pouco em políticas de prevenção efetivas. Recomenda o aumento de preços e impostos como a estratégia mais efetiva para redução de consumo e prevenção da iniciação, além de fornecer uma fonte de fundos sustentáveis para implementar e reforçar a abordagem recomendada pela OMS. Os seis pontos que a entidade destaca são:

Monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção.

Proteger as pessoas contra a fumaça do tabaco.

Oferecer ajuda para cessação.

Advertir sobre os riscos à saúde.

Reforçar a proibição de propaganda, promoção e patrocínio pelas empresas de tabaco.

O Brasil é uma das nações que precisa melhorar sua lição de casa. Para Paula Johns, presidente da Aliança do Controle ao Tabagismo (ACT), "o país foi pioneiro em algumas áreas, mas não segue uma medida básica de custo zero: o aumento dos preços e impostos, e com isso o cigarro brasileiro é o sexto mais barato do mundo".


FAÇA SUA PARTE: É POSSÍVEL PARAR

De acordo com a dra. Nise Yamaguchi, médica oncologista e presidente da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos, um passo importante para quem quer parar é buscar informações a respeito dos malefícios da dependência. Em seguida, um especialista deve ser procurado para uma avaliação geral e definição terapêutica. Vale frisar que, no início do tratamento, é real a chance de ganho de peso. Portanto, recomenda-se atividades físicas (caminhadas, natação, dança, mas sempre após a autorização de seu médico) e alimentação balanceada, evitando-se doces e alimentos gordurosos.

Tratamentos medicamentosos, como a reposição de nicotina (em adesivos ou gomas de mascar) associada ou não aos antidepressivos nortriptilina e bupropiona podem ser prescritos como suporte. Um tratamento para abandonar o fumo dura cerca de 12 semanas. Às vezes pode ser prorrogado por um total de 6 meses.

"O combate ao tabagismo é fundamental tanto individualmente, já que falamos de um bem muito precioso, a saúde do cidadão, e ainda para o coletivo. Neste particular, é essencial para reduzir os elevados custos sociais e financeiros relacionados ao vício, que, aliás, tendem a crescer no futuro próximo".


Fonte: Assessoria de Imprensa do CRMPR com dados da Acontece Comunicação e Notícias

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