30/11/2006

Delegados do interior são entusiastas das discussões anátomo-clínicas

Mensalmente, professores, médicos e estudantes do Paraná participam, através do recurso da videoconferência, de uma aula-debate realizada pelos professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Na aula, os participantes de Curitiba e Maringá tentam chegar a um consenso sobre o diagnóstico que levou o paciente à óbito, baseados nas informações apresentadas através do prontuário, exames realizados e a necropsia. Os médicos responsáveis pelas Delegacias Regionais do Conselho em Maringá e Paranavaí são adeptos destas discussões anátomo-clínicas e, entusiastas, afirmam ser esta uma das melhores atividades de Educação Médica Continuada já propostas pelo CRM.

"É uma das mais eficientes formas para aprendizado e atualização médica, seja do ponto de vista científico como ético", declara o Diretor de Maringá, Kemel Jorge Chammas. Para ele, os principais fatores são: a qualidade e preparo didático da equipe da USP e a interação com professores altamente qualificados das Faculdades de Medicina de Curitiba. "Além disso, a seqüência das discussões é muito ilustrativa, a ponto de cada reunião representar um aprendizado e revisão de anatomia, fisiologia, semiologia e raciocínio clínico", afirma.

Há pouco tempo o Diretor Regional da Delegacia de Paranavaí, José Eloy Mendes Tramontin, descobriu a aula-debate e de lá para cá não perde uma. Ele sai bem cedo de sua cidade (Paranavaí) com destino à Maringá (local onde é transmitida a aula) e, caso tenha alguma atividade naquele dia, desmarca para assistir as telepatologias. "É uma forma diferente de ensinar Medicina, não pelo fato de ser transmitida por videoconferência, mas pela própria técnica, pedagogia de ensino", explica. De acordo com o ginecologista, as aulas o estimularam a retomar os estudos e acredita que este programa não deve ser esgotado. "O CRM não deve deixar de dar continuidade às telepatologias. Através delas aprende-se melhor, pois consegue-se estudar várias patologias que te ajudam a diagnosticar o caso que levou à morte do paciente", concluí.

O programa de Telepatologias é resultado de uma parceria pioneira, iniciada em 2002, entre o Conselho Regional de Medicina do Paraná e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Em 2006, o público médio mensal das Telepatologias foi de uma centena participantes no Paraná. No início deste ano, em 28 de março e 25 de abril, as transmissões para Curitiba ocorreram no auditório da Santa Casa de Misericórdia. A partir de maio (30), as videoconferências passaram a ser transmitidas apenas para os auditórios das sedes do CRM, em Curitiba e Maringá. A última transmissão deste ano ocorreu no dia 28 de novembro e reuniu mais de cinquenta interessados.


CFM participa da inauguração do terceiro Pólo de Telemedicina do Brasil


O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná e diretor do CFM, Gerson Zafalon, participou em outubro (30) da inauguração do Pólo de Telemedicina da Amazônia. Situado na Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), este é o terceiro pólo de telemedicina de todo o Brasil.

O Pólo de Telemedicina dispõe de quatro salas, localizadas no 4º andar da Escola de Saúde, e dois auditórios com 48 lugares cada. Todos os recursos tecnológicos foram adquiridos através do convênio Aliança Acadêmica, com a empresa Microsoft e através do Projeto Institutos do Milênio, financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. Os servidores foram cedidos pelas empresas Intel e Cisco.

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