09/03/2007

Governo quer nova comissão; residentes criticam idéia


Os ministérios da Saúde e da Educação acertaram a criação de uma câmara conjunta que definirá como os programas de residência médica se expandirão pelo País. A minuta do decreto, que precisa da assinatura do presidente Lula, está na Casa Civil.

'Se formamos certos especialistas em excesso, temos desperdício de recursos. Se formamos outros de menos, temos dificuldade para levar as políticas de saúde', explica o secretário de Gestão do Ministério da Saúde, Francisco Campos. Para comprovar a ausência de um 'pensamento macro', ele citou o pequeno número de geriatras, apesar do envelhecimento da população.

A criação da Câmara Interministerial de Gestão do Trabalho e da Educação provocou a crítica de entidades dos médicos residentes. Na visão deles, a nova câmara se choca com a Comissão Nacional de Residência Médica, que é ligada ao Ministério da Educação. Atualmente todas as questões relativas à residência são decididas no MEC.

Os residentes temem que o Ministério da Saúde os use como mão-de-obra barata nos hospitais públicos. 'A Comissão Nacional (do MEC) vai se transformar num mero cartório de registro de especialistas', diz Fernando Starosta de Waldemar, presidente da Associação de Residentes do Rio Grande do Sul.

O secretário-executivo da Comissão Nacional de Residência Médica, Antônio Carlos Lopes, afirma que, apesar do novo grupo, a comissão manterá sua autonomia: 'A residência é do MEC'.


Fonte: O Estado de S.Paulo

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