20/08/2010

Greve no Paraná começa hoje, dizem residentes

Médicos-residentes do Evangélico e do Nossa Senhora da Luz devem parar. Instituições acreditam que atendimento não será afetado



Apesar do anúncio da greve dos médicos-residentes no Paraná, os principais hospitais da capital informaram ontem que não acreditam que a paralisação terá grandes reflexos no atendimento à população.


A mobilização dos residentes está prevista para começar hoje. Em Curitiba, manifestantes vão se concentrar, a partir das 10 horas, Praça Rui Barbosa, em frente de Santa Casa de Misericórdia. No entanto, segundo a Associação dos Médicos-Residentes do Paraná (Amerepar), apenas os residentes dos hospitais Evangélico e Nossa Senhora da Luz devem paralisar as atividades hoje. A expectativa da entidade é que os profissionais das outras instituições comecem a greve na próxima semana.


Juntos, os dois hospitais têm 160 profissionais, mas nem todos devem participar. As outras duas instituições com maior número de médicos - Hospital de Clínicas, com 276, e Cajuru, com 111 - ainda não decidiram se farão parte da paralisação. A mobilização não afetará os serviços de urgência e emergência, apenas as cirurgias e consultas já agendadas.


No Hospital Evangélico a previsão é que poucos residentes participem da greve. Apenas na segunda-feira a direção da instituição decidirá se as consultas deverão ser reagendadas. A ex­­pectativa é de que a situação seja resolvida ain­­da no fim de semana. No Hospital Nossa Senhora da Luz não haverá interferência no atendimento, já que no local há apenas nove residentes. Em todas as instituições o atendimento ontem foi normal.


A direção do Hospital de Clíni­cas informou que na segunda-feira haverá uma reunião com os profissionais para negociação e que, historicamente, os residentes de lá não aderem a greves. A Associação Paranaense de Cultura, mantenedora dos hospitais Nossa Senhora da Luz, Cajuru e Santa Casa, disse que nos dois últimos a expectativa é de que não haja adesão. Na Santa Casa todos os 13 programas de residência afirmaram que não irão participar. No Pequeno Príncipe e Cruz Vermelha também não há indicativo. Os demais hospitais da capital têm número menor de residentes e não informaram à Amerepar se há intenção de aderir.



Interior


Os médicos docentes do Hospital Universitário (HU) de Londrina vão assumir os atendimentos dos residentes que iniciarão hoje uma greve por tempo indeterminado. O hospital admite que atendimentos poderão ficar mais lentos, mas garantiu ontem que nenhum serviço de urgência e emergência será prejudicado.


De acordo com a superintendente do HU, Margarida Carvalho, 100 médicos residentes aderiram ao movimento, dos 152 que trabalham no hospital. O restante - 30% - continuará atendendo nos serviços essenciais.


Em Cascavel, residentes do Hospital Universitário paralisaram as atividades por aproximadamente uma hora e exibiram faixas de protesto. O atendimento aos pacientes não foi afetado. A médica Taciana Rymszam, que coordena o movimento na cidade, disse que os residentes estão avaliando a possibilidade de paralisar por completo as atividades.



São Paulo


A Associação Nacional de Mé­­dicos Residentes afirmou ontem que os hospitais estaduais de São Paulo - como o Hospital das Clínicas e o Hospital São Pau­lo - aderiram à greve. Segundo a associação, com a adesão do Paraná e do Pará, a greve atinge todos os estados e 90% da categoria. Ontem, cerca de 200 residentes fizeram um ato público no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Para a Secretaria Estadual de Saúde, só 1% da categoria está paralisada.


A Associação dos Médicos-Residentes do Rio de Janeiro (AMRRJ) recusou em assembleia realizada ontem proposta do Ministério da Saúde, que ofereceu um reajuste de 20% na bolsa-auxílio de R$ 1.916,45. A greve continua no estado.


Fonte: Gazeta do Povo

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