26/07/2010
H1N1 - Com gripe sob controle, sobe fluxo de visitantes na Argentina
Com apenas 18 casos confirmados em todo o ano, segundo o Ministério da Saúde, a gripe suína foi controlada na Argentina
e permitiu à cadeia de turismo no país voltar ao azul neste inverno. Em Bariloche, onde as autoridades locais calcularam perdas
de US$ 150 milhões no ano passado, a chegada de 20 voos fretados por semana do Brasil devolveu a alegria ao setor hoteleiro,
cuja ocupação tem alcançado 90% em julho. As estimativas são de crescimento em torno de 20% no fluxo de visitantes, em relação
a 2008, o último ano de movimento mais forte.
Com pacotes que variam de US$ 1,2 mil a US$ 5 mil (por sete dias), dependendo da categoria do hotel e se inclui ou não
a possibilidade de esquiar, a expectativa em Bariloche é receber 35 mil turistas brasileiros no inverno - foram 28 mil em
2008.
As companhias aéreas estão faturando com o turismo aquecido. Na TAM, a ocupação média dos voos está superior a 90%, segundo
um executivo - o que significa que boa parte das aeronaves têm saído sem nenhum assento livre. O desempenho tem sido recorde.
Do lado das aéreas brasileiras, entretanto, não há como aumentar a oferta de voos porque o acordo bilateral já chegou ao limite
e precisa ser revisado pelos argentinos.
Procurada, a Aerolíneas Argentinas não forneceu informações sobre o movimento na rota Brasil-Argentina. Mas lembrou que
tem planos de expansão das frequências para o Brasil nos próximos meses. O número de voos diários a Guarulhos deve subir de
quatro para seis até o fim de 2011. Para o Galeão, devem aumentar das atuais três frequências para cinco, no mesmo período.
A Aerolíneas abriu recentemente a rota Buenos Aires-Salvador e também espera incrementar suas ligações a Porto Alegre e a
Florianópolis.
Já a uruguaia Pluna está usando uma subsidiária argentina para pedir à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o estabelecimento
de rotas entre o Aeroparque, aeroporto no centro portenho, e cidades brasileiras hoje sem ligação direta com Buenos Aires,
como Belo Horizonte, Brasília e Campinas.
Fonte: Valor Econômico