Há um ano, estado registrava o primeiro óbito causado pelo vírus H1N1. Em Foz, menina de 11 anos morreu mesmo após
ter tomado a vacina
No dia em que a primeira morte por gripe A no Paraná completou um ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou
o 16.º óbito causado pelo vírus Influenza H1N1 em 2010. Brenda Giovana Senin Duarte, 11 anos, faleceu após 14 dias de internamento
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, na Região Oeste. No domingo
à noite, ela sofreu uma parada cardíaca. Em 2009, a primeira morte pela nova gripe ocorreu no dia 19 de julho, em Jacarezinho,
no Norte paranaense.
O que mais chamou a atenção no caso de Brenda é que ela havia sido vacinada contra a nova gripe. Segundo a chefe da Divisão
de Atenção à Saúde da 9.ª Regional de Saúde, Diana Arenas, os cuidados com a gripe suína e outras doenças transmissíveis devem
ser constantes, já que nenhuma vacina é 100% eficaz. "Lamentavelmente, mesmo com a imunização, pode acontecer de qualquer
doença evoluir para um quadro mais grave, chegando a levar as pessoas à morte. Por isso a vacina não pode ser vista como única
forma de prevenção", orienta. Quanto à gripe A, a melhor maneira de se proteger ainda é manter a higiene das mãos e evitar
lugares aglomerados e fechados.
Das 22 regionais de saúde, oito já registraram mortes. Maringá, com quatro óbitos e 630 casos confirmados, lidera a lista,
seguida pelas regionais de Londrina e Curitiba, com três cada uma. Segundo a Sesa, pelo menos um terço das vítimas tinha entre
20 e 49 anos. Outra faixa etária bastante afetada é a de pessoas com idade entre 5 e 19 anos.
De acordo com último boletim epidemiológico da secretaria, divulgado ontem, o Paraná soma 1.655 casos confirmados da doença
e outros 2.922 descartados. No mesmo período do ano passado, haviam sido anotadas 33 confirmações e nenhuma morte. Em 2009,
no total foram 289 mortes. Ainda segundo a Sesa, já foram vacinados mais de 5,6 milhões de pessoas em todo o estado.
Vacina de sobra
Por causa da baixa procura pela vacina contra a gripe A H1N1, a Secretaria de Saúde de Londrina decidiu ampliar a imunização
para pessoas com até 19 anos, por tempo indeterminado. Até então, só tinham direito a receber a dose crianças com idade entre
10 e 13 anos. Há cerca de 20 mil doses sobrando.
Em uma semana, somente 12 mil pessoas do público-alvo anterior (10 a 13 anos) procuraram as unidades de Saúde de Londrina
para ser vacinadas. Ao todo, havia 25 mil doses disponíveis. A baixa procura motivou a ampliação da faixa etária da campanha.
"Imagino que não vai dar para toda a população [de 14 a 19 anos]. Ainda tem os que não foram vacinados até 13 anos. São
aproximadamente 60 mil pessoas", explicou a gerente de epidemiologia, Sandra Caldeira. Quem for aos postos de saúde deve levar
a carteira de vacinação. "Muitas pessoas nessa faixa não vão até os postos. Então vamos aproveitar a oportunidade para vacinar
contra a hepatite B", completou.
Fonte:
href="http://www.gazetadopovo.com.br/gripea/conteudo.phtml?id=1026903" target="_blank">Gazeta do Povo