03/12/2025
INC promove simpósio internacional para debater terapias para tumores cerebrais
A 8ª edição do Simpósio de Gliomas reunirá no dia 6 de dezembro especialistas e pesquisadores para abordar avanços globais
no tratamento da doença; inscrições são gratuitas e estão abertas
Os gliomas são os tumores cerebrais
malignos primários mais frequentes em adultos. Embora menos comuns do que cânceres como mama, pulmão,
próstata ou melanoma, representam uma doença de alta complexidade e grande desafio clínico, exigindo
tratamento em centros especializados, com atuação integrada de neurocirurgia, oncologia e radioterapia. Recentemente,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o vorasidenibe, primeiro medicamento oral disponível no país par a tratar tumores cerebrais. O fármaco
é indicado para tipos específicos de gliomas difusos, como os astrocitomas de baixo grau com mutações nas enzimas IDH1 ou IDH2, em pacientes previamente operados e sem indicação
de radioterapia ou quimioterapia imediata.
Para oferecer tratamentos cada vez mais eficazes, centros ao redor do mundo
vêm ampliando suas pesquisas e incorporando novas possibilidades terapêuticas. Com o objetivo de atualizar especialistas
e debater as terapias emergentes, o Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba) realiza a 8ª edição
do Simpósio de Gliomas, no dia 6 de dezembro. O evento anual, internacional e on-line, reúne médicos
e pesquisadores de centros na Alemanha, Holanda e Estados Unidos para uma programação científica que
destaca os avanços mais recentes e os tratamentos em desenvolvimento. A participação é gratuita
e voltada a profissionais subespecializados da área.
A edição deste ano
prevê palestras sobre terapia sonodinâmica com 5-ALA — técnica minimamente invasiva que combina um agente farmacológico
com ultrassom focalizado para destruir células tumorais — e sobre o estado atual da
imunoterapia para glioblastoma, ainda em desenvolvimento, mas com potencial para ampliar a sobrevida dos pacientes. Na programação também será abordado o avanço dos inibidores de IDH, como o vorasidenibe, discutindo perspectivas futuras dessa classe de medicamentos.
Dados e sintomas
A incidência de gliomas difusos de baixo grau é de cerca de 1 caso por
100 mil pessoas ao ano. A prevalência aumentou nas últimas décadas devido à maior sobrevivência
dos pacientes. Já os gliomas malignos de alto grau têm incidência aproximada de 3 casos por 100 mil pessoas,
segundo a Associação Americana de Neurocirurgiões, afetando duas vezes mais homens que mulheres, geralmente
acima dos 40 anos.
Os sintomas variam conforme
o tipo, tamanho, localização e velocidade de crescimento do tumor. Gliomas de alto grau crescem rapidamente;
os de baixo grau, de forma mais lenta. Entre os sinais mais comuns estão: dor de cabeça, náuseas, vômitos,
convulsões, confusão ou declínio cognitivo, alterações de memória e personalidade,
irritabilidade, distúrbios de equilíbrio, dificuldades na fala e fraqueza progressiva em
um lado do corpo.
Serviço: Simpósio de Gliomas 2025Data: sábado (06/12), das 8h às 13hGratuitoInscrições aquiProgramação8h - Terapia sonodinâmica com 5-ALA para gliomas
Eric Suero Molina, MD, MSc, Departamento de Neurocirurgia, Hospital Universitário de Münster Münster, Alemanha
9h - Ressecção supratotal estrutural versus funcional: Qual é o nosso panorama atual?
Jasper Gerritsen, MD, PhD. Centro Médico
Erasmus, Rotterdam, Holanda
10h - Janela cirúrgica de oportunidade no tratamento de
gliomas
Kirit Singh, MD, PhD, Instituto de Câncer Duke, EUA
11h - Imunoterapia para glioblastoma: Estado atual, desafios e perspectivas futuras
Peiwen Chen, PhD, Instituto de Pesquisa Lerner, Cleveland Clinic;
Caso Centro Abrangente de Câncer, Cleveland, OH, EUA
12h - Inibidores de IDH: tendências atuais e futuras
Jennie Taylor, MD, MPH, Centro de Tumores Cerebrais da Universidade da Califórnia, São Francisco, CA,
EUA
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA - HOSPITAL INC