26/07/2011

Literatura de cordel no combate às drogas

Capa do folheto criado para campanha do CRM do Piauí em conjunto com outras entidades de médicos do Estado



"A pessoa que se droga

Tem a morte por escolta;

Penetra num labirinto

Que é complicada a volta

Cai no laço da desgraça,

Sem ajuda não se solta."



Os versos fazem parte de uma iniciativa do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) em conjunto com o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), a Associação Piauiense de Medicina (APIMED) e a Casa do Cantador. A ideia é usar a cultura popular do sertão nordestino para o combate ao uso de drogas.

O folheto href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/cordel_crack.pdf" target="_blank">"Crack - evite a primeira pedra" foi lançado em junho e tem sido distribuído nas escolas públicas com o auxílio da Comissão Interinstitucional Contra o Crack e secretarias de Saúde.

Segundo o presidente do CRM-PI, Fernando Correia Lima, a escolha da literatura de cordel tem o objetivo de alcançar um público abrangente. "O cordel tem, como uma de suas características, penetração nas várias camadas da população às quais não chegam os meios de divulgação formais como livros, revistas, jornais e boletins, entre outros", afirma. Ele considera que isso é possível por conta da "linguagem popular e leitura fácil, rítmica e melodiosa" que atingem todas as classes sociais. O presidente do CRM-PI conta que o público-alvo do folheto é formado por "jovens de classe econômica média ou baixa, com pouca instrução, família desajustada, sem emprego e sem perspectiva de solução existencial".

Os versos, dispostos em cinco páginas, foram escritos pelo poeta Joames, autor de cordel do Estado.

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