Medicina: gloriosa e árdua

Márcio de Carvalho

Neste 18 de outubro comemora-se no Brasil, bem como em outros países como Portugal, Espanha e Itália, o Dia do Médico. Faz-se de grande relevância recordar que esta data memorável foi escolhida em homenagem a São Lucas, considerado padroeiro dos médicos pela igreja católica.

Ao escolhermos a medicina como profissão, devemos saber de antemão ser esta uma área onde há necessidade de grande comprometimento e responsabilidade, pois o nosso principal instrumento de trabalho é o ser humano, a vida. A medicina exige do profissional uma paixão, além de uma eterna e constante vida atrás dos livros, em busca de novos conhecimentos.

Vale ressaltar que o médico não tem apenas como função tratar o paciente e, sim, orientá-lo. Esta atividade é extremamente abrangente, pois ao mesmo tempo em que o profissional precisa estar constantemente atualizado sobre diversos tratamentos, tem como obrigação estudar novas doenças que surgem todos os dias.

O médico além de atuar na sua área de pleno conhecimento e conforto, necessita convencer, transmitindo a devida segurança para seu paciente. Assim, há de apresentar uma postura, um comprometimento com a legitimidade do seu trabalho.

Ao longo dos anos, a medicina vem se desenvolvendo muito, mas a presença do médico continua sendo o pilar fundamental. Buscamos, cotidianamente, a cura, a solução para o problema existente. No entanto, este nem sempre é alcançado, daí confortar o paciente é algo que sempre podemos fazer. Como cita Oliver Holmes: “A medicina sabe curar às vezes, aliviar muito frequentemente e confortar sempre”. Desta forma, pode-se entender a medicina como a ciência da vida, abrangendo seus aspectos benfeitores e humanitários. É importante destacar que, mesmo em tempos de desenvolvimento tecnológico, examinar o paciente é algo ainda soberano, a transmitir confiança.

Em dias atuais, o médico se encontra diariamente em um “campo de batalha”, no qual, não raro, possui o conhecimento necessário para o tratamento, mas não consegue aplicá-lo por falta de material, ou mesmo, espaço físico. Enfrentamos, atualmente, uma zona de desconforto, onde existem a responsabilidade e a cobrança para a existência de bons profissionais na área da saúde. Faltam, em contrapartida, os instrumentos para o alcance do objetivo, que é o tratamento, a cura.

Mesmo neste cenário de dificuldades, entendemos que a chave para ser um bom médico ainda é compreender a doença sob a perspectiva do paciente.

Márcio de Carvalho é Diretor Regional do CRM-PR em Maringá.

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