30/11/2007

Médico pode atender de graça


Um encontro entre presidentes de associações médicas de 12 estados, realizado dia 29 de novembro em Curitiba, debateu, entre outros temas, o atendimento voluntário dos médicos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). "Estamos estudando a possibilidade de um trabalho voluntário nos consultórios e associações médicas", diz José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira. "Orientamos nossa vida para nossa profissão e se não nos são dadas condições de exercê-la, vamos passar a atender os pacientes por uma necessidade própria e obrigação humanitária", afirma.


A categoria ainda estuda de que forma fará o atendimento voluntário. A decisão é baseada na falta de recursos e estrutura dos hospitais públicos e no valor da tabela do SUS. Um médico não-especialista recebe R$ 7 por uma consulta. E para uma consulta de especialidade, como neurologia, por exemplo, o profissional recebe R$ 10. "Vamos esclarecer à população sobre o que está acontecendo. Vamos mostrar como está a situação da saúde pública no Brasil", esclarece Amaral.


O presidente da associação vê com descrédito iniciativas do governo federal como o Plano de Aceleração do Crescimento da Saúde. "Tivemos somente alguns dados pontuais que não nos permitem dar opinião nem contribuir para o aprimoramento do projeto."


Quanto ao discurso do governo de que as melhorias da saúde dependem da aprovação da continuidade da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Amaral ecoa a opinião da classe médica. "Não temos a ilusão de que a saúde vai melhorar com a prorrogação da CPMF. Se fosse assim, o setor não estaria nesta situação. Estão usando a saúde como chantagem e instrumento de barganha. Fomos logrados", diz.


Fonte: Gazeta do Povo

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