Lideranças médicas de todo o país, representantes de mais de 350 mil médicos, se dirigiram a Brasília para uma das principais
atividades cívicas e políticas deste ano voltadas para a categoria: a Mobilização Nacional pela Valorização do Médico e da
Assistência em Saúde no Brasil. O ato fez parte das comemorações do Dia do Médico.
Em 26 de outubro, cerca de 300 profissionais dirigiram suas reivindicações a parlamentares, ao Ministério da Saúde e à
sociedade. Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d Avila, este momento "sinaliza mais um alerta
dos médicos sobre a situação crítica em que se encontra a saúde brasileira, cujo enfrentamento dos problemas precisa ser colocado
como prioridade".
Entre os temas se destacam a necessidade de mais recursos para a SUS; a urgente regulação apropriada e efetiva na saúde
suplementar; e a implementação de condições de trabalho e remuneração que proporcionem o bom desempenho da medicina nos aspectos
ético e técnico. "Essa ação, sem dúvida, assegura ao tema o eco necessário e possibilita que as condições da assistência à
saúde sejam percebidas, reconhecidas e discutidas", declarou o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá.
Após concentração no Ministério da Saúde, o grupo fez caminhada até o Congresso Nacional, onde protocolou, junto às presidências
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, um documento em nome das três entidades médicas nacionais - Associação Médica
Brasileira (AMB), CFM e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Neste documento foi explicitado o diagnóstico do setor, apontadas
as reivindicações da categoria e sugeridas soluções para o processo de valorização da Medicina.
A iniciativa foi ancorada na posição adotada pelos médicos - por meio de seus representantes -, aprovada durante o XII
Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), em julho desse ano. O Manifesto dos Médicos à Nação, documento final do encontro
que condensa as principais posições do movimento, foi anexado ao material entregue.
Após a mobilização, os participantes do ato se reuniram com presidentes e diretores das entidades médicas nacionais na
sede da Associação Médica de Brasília (AMBr).
Veja o que disseram os presidentes da AMB, do CFM e da Fenam sobre a iniciativa:
"No Dia do Médico celebramos nosso compromisso com a sociedade que nos acolhe: lutar pela qualidade da atenção à saúde.
Penso que temos a profissão ameaçada não apenas pela maneira desrespeitosa que a categoria médica tem sido tratada, mas pela
interferência que sofremos na prática clínica".
José Luiz Gomes do Amaral
presidente da AMB
"Esse momento interessa não só aos médicos, mas a todos os brasileiros. Somos motivados pela luta por melhorias na saúde
pública e suplementar. Esperamos boa repercussão e acolhimento aos pleitos apresentados e que sejam estabelecidas ações para
sanar os problemas da assistência à saúde".
Roberto Luiz d Avila
presidente do CFM
"Os médicos brasileiros trazem a mensagem que devemos ser ouvidos e que os governantes precisam sentar-se à mesa de negociação.
Lutamos por uma saúde sólida, consistente e resolutiva. Uma saúde que respeita as condições de trabalho do profissional e
ofereça uma remuneração digna e decente".
Cid Carvalhaes
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target="_blank">Ministro Temporão assume compromissos com entidades médicas nacionais
Fonte: CFM