20/09/2010

Médicos mobilizados no Paraná trocam informações com outros estados

Em reunião da AMB, paranaenses serviram de exemplo ao movimento nacional



Um dos assuntos na pauta da reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada no dia 17 de setembro, em Curitiba, foi o movimento médico em prol de melhores condições de trabalho e remuneração. Com médicos de todo o País, representantes da entidade nacional, sociedades de especialidades e associações médicas federadas, o encontro serviu para trocas de experiências e informações.

Esse momento da reunião foi puxado pelo presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) e da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo. A CEHM fez um relato das ações do movimento estadual de defesa profissional. A última informação passada foi que a perspectiva é de enfrentamento dos médicos do Paraná aos planos de saúde, por falta de reajuste há quase dez anos.
Também representando a CEHM, mas pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRMPR), Hélcio Bertolozzi Soares, complementou que "não tem mais o que discutir". "Chegamos ao nosso limite nessa tentativa de diálogo com os planos de saúde. O que valem, agora, são as atitudes", propõe o médico.

Nacional

A exposição do posicionamento dos médicos do Paraná foi seguida por um comentário do representante da AMB na Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Florisval Meinão. "A solução, em nível nacional, é o enfrentamento mesmo. Esse movimento que se fortifica no Paraná acontece em todos os estados. O que temos que fazer é trocar informações para o movimento seja uniforme, em nível nacional, para pressionar ainda mais os planos de saúde a cumprirem o que determina a lei, ou seja, a reajustarem os honorários médicos", afirma.

Além de Meinão, ainda fizeram o relato sobre os próprios movimentos, o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Jorge Carlos Machado Curi, e o presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Gilberto Venossi Barbosa. Barbosa comentou que os cirurgiões estão mobilizados em seis estados. "Descredenciamento individual, sem dúvida, é o caminho. Em seis estados, os cirurgiões cardiovasculares criaram cooperativas médicas da especialidade, descredenciando-se dos planos de saúde", expôs.

Sobre a realidade do movimento médico em São Paulo, Curi afirmou que a partir de quinta-feira (23), a APM vai lançar, pelo Datafolha, uma pesquisa entre os médicos sobre o índice de satisfação em relação aos planos de saúde pelo quais atendem. Esta pesquisa, segundo ele, dará força ao movimento daquela região e nacional.

Fechamento

Para fechar, o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral cumprimentou os colegas do Paraná, pelo movimento que foi formado aqui e relatado na reunião, e incentivou as iniciativas regionais. Segundo ele, estas não atrapalham as negociações que se dão em nível nacional. "Pelo contrário, elas abrem caminho. O que vemos, pelos relatos das especialidades e das federadas, é que a situação está insustentável. A AMB está aberta e à disposição de todos nesse movimento, para o apoio que for necessário", conclui o presidente da entidade médica nacional.


Fonte: AMP

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo.
    * campos obrigatórios

    Comunicar Erro

    Verifique os campos abaixo.

    * campos obrigatórios