07/04/2011

Médicos paranaenses produzem carta com reivindicações da classe

Durante o Dia Nacional de Paralisação, entidades estimam que 60% dos médicos paranaenses paralisaram o atendimento aos planos de saúde.



A Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) e os dirigentes das entidades médicas paranaenses e sociedades de especialidades estão reunidos no dia 7 de abril, na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba, para definir conteúdo de carta aberta à sociedade. Com apoio de aproximadamente 200 profissionais, o documento será elaborado na manhã desta quinta-feira e trará balanço da mobilização no Estado, além de condensar os anseios da classe e as próximas ações.

No período da tarde está programada uma entrevista coletiva para apresentar a carta e prestar esclarecimentos à população com informações sobre as reivindicações da classe médica. Na sequência será realizada uma uma manifestação pública, na qual os médicos farão uma passeada saindo da sede da AMP em direção à Praça do Japão.

De acordo com o vice-presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley, a população está consciente da legitimidade do protesto médico e de que o movimento não prejudicará os pacientes. "Os casos de urgência e emergência serão atendidos e as consultas e outros procedimentos suspensos serão reagendados", afirma.

Na data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, as entidades estimam que 60% dos médicos ativos no Paraná (18.955) suspenderam as consultas e os procedimentos não-emergenciais aos planos e seguros de saúde. Representantes dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Farmácia e Odontologia do Paraná estão apoiando a classe médica no dia de protesto contra os baixos honorários praticados e a interferência na autonomia de sua relação com os pacientes.

Durante a reunião, dirigente da Sociedade Paranaense de Pediatria informou que 85% dos consultórios pediátricos estão fechados hoje na Capital e 70% no interior do Estado. Também foi informado que os ambulatórios de atendimento aos planos de saúde no Hospital XV paralisaram o atendimento.



Ações pelo Estado

Nos dias que antecederam à paralisação, foi realizada ação na Boca Maldita, calçadão da rua XV de Novembro em Curitiba, com intuito de conscientizar a sociedade a respeito do protesto. Na oportunidade, foi distribuída a carta aberta à população, documento produzido especialmente para orientar os pacientes sobre o protesto médico contra os abusos das operadoras de planos e seguros-saúde e esclarecer que os médicos não deixarão de atender pacientes de urgência e emergência.

Nas cidades do interior do Estado, as entidades regionais e lideranças médicas estimularam os médicos a paralisarem o atendimento e articularam mobilizações para o protesto. Em Foz do Iguaçu, neste momento cerca de 50 médicos estão reunidos na Praça Bartolomeu Mitre, no centro da cidade. Em Maringá, perto de 80% das clínicas suspenderam os atendimentos no período da manhã e a expectativa é que a totalidade participe do movimento no período da tarde, não atendendo consultas e procedimentos não-emergenciais pelos planos de saúde. Na cidade, os médicos estão concentrados na sede da Sociedade Médica de Maringá, onde ficarão ao longo do dia debatendo a situação da classe e atendendo à imprensa. Em Cascavel, os médicos também aderiram fortemente à paralisação. A concentração está ocorrendo durante todo o dia na sede da Associação Médica de Cascavel.



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