19/08/2010

Médicos-residentes de Curitiba decidem aderir à paralisação nacional

Os médicos-residentes de Curitiba vão aderir à paralisação nacional da categoria. De acordo com o telejornal Bom Dia Paraná, da RPCTV, os residentes tomaram a decisão em assembleia realizada na noite de quarta-feira (18).

De acordo com a Associação dos Médicos-Residentes do Paraná (Amerepar), a mobilização dos médicos começa na sexta-feira (20), com uma mobiização às 10 horas. A concentração será feita na Praça Rui Barbosa, em frente à Santa Casa. Os médicos residentes dos hospitais de Clínicas, Evangélico, Nossa Sengora da Luz, Santa Casa de Misericórdia, Cruz Vermelha e Pequeno Príncipe aderiram ao movimento. Em alguns destes hospitais a adesão à greve é parcial.
Até as 9h30 desta quinta-feira (19), os hospitais Cajuru, de Clínicas e Evangélico ainda não haviam recebido nenhuma notificação sobre a greve e o atendimento estava normalizado. Esses são os hospitais que têm mais médicos-residentes na capital: de Clínicas, com 276, o Evangélico, com 151, e o Cajuru, com 111.

De acordo com a Comissão de Residência Médica do Hospital Evangélico, os médicos residentes devem protocolar um documento junto à diretoria nesta quinta-feira, definindo como vai ser a paralisação. A comissão não sabe quantos dos 151 residentes do hospital aderiram ao movimento.

Ainda segundo o Hospital Evangélico, apenas a parte de consultas e cirurgias eletivas será afetada. O pronto-socorro e cirurgias e consultas de urgência e emergência não serão atingidos pela paralisação. Neste caso, os médicos-residentes devem organizar escalas próprias.


Reivindicações

A principal reivindicação dos médicos-residentes é o reajuste de 38,7% no valor da bolsa-auxílio que passaria de R$ 1.916 para cerca de R$ 2,7 mil. Eles também pedem o pagamento de um 13º salário e a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses.

Na noite de segunda-feira (16), o governo federal ofereceu um reajuste de 20% para a categoria e a instalação de um grupo de trabalho para discutir as reivindicações. Apesar disso, na terça-feira (17), aproximadamente 18 mil dos 22 mil médicos-residentes do Brasil entraram em greve, segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). Foram suspensos atendimentos não emergenciais, como cirurgias eletivas e consultas clínicas em 15 estados.


Protestos

Houve protesto em Cascavel, no Oeste do estado. Residentes do Hospital Universitário paralisaram as atividades por aproximadamente uma hora e exibiram faixas de protesto. O atendimento aos pacientes não foi afetado. O HU tem 32 médicos-residentes. A médica Taciana Rymszam, que coordena o movimento na cidade, disse que os residentes estão avaliando a possibilidade de paralisar por completo as atividades.


Histórico

A última greve da categoria aconteceu em 2006, com adesão parcial. O governo, depois disso, chegou a ofertar um aumento de 30%, mas o ajuste não foi cumprido. Em abril deste ano, cerca de 60 médicos-residentes do Hospital de Clínicas de Curitiba se reuniram na Boca Maldita para reclamar do valor da bolsa-auxílio - na época pediram ainda auxílio moradia e alimentação.


Fonte: Gazeta do Povo

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo.
    * campos obrigatórios

    Comunicar Erro

    Verifique os campos abaixo.

    * campos obrigatórios