08/02/2021

Mortes em casa disparam; óbitos por causas respiratórias aumentam 52,9% em Curitiba

No Paraná, as doenças respiratórias cresceram 24,6% no mesmo período comparativo; óbitos devido a doenças cardíacas também dispararam. Especialistas alertam sobre os cuidados de prevenção

A pandemia causada pelo novo coronavírus, que atingiu em cheio o Brasil e já causou a morte de mais de 210 mil pessoas, aumentou em 52,9% o número de óbitos por doenças respiratórias no município de Curitiba, que passaram de 4.122 para 6.306, na comparação entre 2019 e 2020. Entre as doenças deste tipo, as Causas Indeterminadas e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) explodiram, registrando crescimento de 236,3% e 216,6%, respectivamente.

Segundo os dados do Portal da Transparência https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio, plataforma administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), os óbitos registrados pelos Cartórios de Curitiba em 2020 totalizaram 13.926, 22,5% a mais que no ano anterior, superando a média histórica de variação anual de mortes no município que era, até 2019, negativa, com - 0,2% ao ano.

O número de óbitos registrados em 2020 pode aumentar ainda mais, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para registro de óbito em razão da situação de emergência causada pela Covid-19.

Já entre os óbitos causados por doenças cardíacas, muitas vezes relacionadas à Covid-19, a comparação entre 2019 e 2020 aponta um aumento de 6,9%, passando de 2.351 para 2.515. Entre as doenças do coração, o registro que apontou maior crescimento foi o de mortes por Causas Cardiovasculares Inespecíficas, que cresceu 29,3% entre os anos, sendo que o aumento dos óbitos em domicílio é uma das explicações para o diagnóstico inespecífico das mortes causadas por doenças do coração.

No estado do Paraná, as doenças respiratórias cresceram 24,6% no mesmo período comparativo. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrou aumento de 179%, e as Causas Indeterminadas, 12,9%. Em relação às doenças cardíacas, a comparação entre os dois anos mostra um crescimento de 1,6%, com a maior alta por Causas Cardiovasculares Inespecíficas, 16,9%. 

Mortes em casa

O receio das pessoas frequentarem hospitais ou mesmo realizarem tratamentos de rotina durante a pandemia, assim como a falta de leitos em momentos críticos da Covid-19 no Brasil, fez com que o número de mortes em domicílio disparasse no município de Curitiba quando se comparam os anos de 2019 e de 2020, registrando um aumento de 17,9%. 

As mortes por Causas Respiratórias fora de hospitais cresceram 30,4%, sendo que as Causas Indeterminadas registraram a maior variação, 240%. Também cresceram os óbitos por SRAG (166,6%), Insuficiência Respiratória (4,7%) e Septicemia (1,9%). Os registros de óbitos, feitos com base nos atestados assinados pelos médicos,  apontam que 194 moradores do município morreram de COVID-19 em suas casas, no ano de 2020.

Os óbitos por Causas Cardíacas fora de hospitais também dispararam em 2020, com registro de aumento de 12,7% na comparação com o ano anterior. Neste tipo de doença, o maior aumento se deu nas chamadas Causas Cardiovasculares Inespecíficas (52%), muito em razão de a morte ocorrer sem assistência médica, dificultando a qualificação da doença. Também cresceram os óbitos em casa por Acidente Vascular Cerebral (AVC), aumento de 34,5%.

As mortes por Causas Respiratórias fora de hospitais cresceram 30,4%, sendo que as Causas Indeterminadas registraram a maior variação, 240%. Também cresceram os óbitos por SRAG (166,6%), Insuficiência Respiratória (4,7%) e Septicemia (1,9%). Os registros de óbitos, feitos com base nos atestados assinados pelos médicos,  apontam que 194 moradores do município morreram de COVID-19 em suas casas, no ano de 2020.

Os óbitos por Causas Cardíacas fora de hospitais também dispararam em 2020, com registro de aumento de 12,7% na comparação com o ano anterior. Neste tipo de doença, o maior aumento se deu nas chamadas Causas Cardiovasculares Inespecíficas (52%), muito em razão de a morte ocorrer sem assistência médica, dificultando a qualificação da doença. Também cresceram os óbitos em casa por Acidente Vascular Cerebral (AVC), aumento de 34,5%.

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