07/03/2014

Mulheres já são maioria em quatro das seis especialidades básicas

Em Curitiba, as mulheres já são 45% do contingente médico

O número de novos registros de médicas no país vem ultrapassando o de médicos nos últimos cinco anos, de acordo com a pesquisa “Demografia Médica no Brasil – Volume 2 – Cenários, indicadores e distribuição”, realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Quando se compara o conjunto de médicos na ativa, as mulheres representam 40,82% do total de profissionais, contra 59,18% dos homens. Contudo, projeta-se que, em 2028, o número de mulheres passará o de homens, quando serão 50,23% contra 49,77%. Já em 2050, serão 500 mil médicas brasileiras, ou seja, 55,66% do total de médicos em atividade.

Paraná

A primeira turma de médicos formados pela Universidade do Paraná, em 1919, tinha apenas uma mulher. Em 1960, quando o CRM-PR, recém-criado, finalizou a inscrição dos 1.100 médicos em atividade no Paraná, as mulheres somavam apenas 60.

clique para ampliar>clique para ampliarNa tarde desta sexta-feira (7), as funcionárias da Sede foram recebidas pelo presidente, Dr. Mauricio Marcondes Ribas, e pela 1ª secretária, Dra. Keti Patsis, para uma homenagem em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O ato simbólico estende-se a todas as mulheres, em especial às médicas do Paraná, conselheiras e funcionárias das Delegacias Regionais, que pela distância não puderam estar presente. (Foto: Henrique Lopes)

Em meio século que se passou, a mudança da sociedade foi conduzida pela perseverança feminina na consolidação de seu espaço. Hoje, em Curitiba, as mulheres já são 45% do contingente médico, situação de equilíbrio que se repete em outras tantas profissões outrora sob predomínio masculino.

O Conselho do Paraná, que registra na atual gestão o maior número de conselheiras mulheres de sua história – são 13 –, também vê com entusiasmo que a sua condução administrativa, exemplo de sucesso para outras autarquias, está alicerçada num grupo de trabalho constituído por mulheres em sua maioria. São dois terços.

Especialidades
Apesar da predominância masculina em 40 das 53 especialidades, as mulheres são maioria em quatro das seis básicas: Pediatria (69,63%), Medicina de Família (54,63%), Clínica Médica (50,96%) e Ginecologia e Obstetrícia (50,53%).

Além destas quatro áreas básicas, as mulheres são maioria, com mais de 60%, em Dermatologia (72,90%), Genética Médica (66,50%), Endocrinologia e Metabologia (65,01%) e em Alergia e Imunologia (60,83%). Também, chama a atenção a Infectologia, com 55,52% de profissionais do sexo feminino.

Novos registros
Em 2009, foram registradas 7.933 (50,15%) mulheres no Conselho Federal contra 7.885 (47,11%) homens. Desde então, nos anos seguintes, a diferença continuou a aumentar. Em 2012, números preliminares apontam o grupo feminino com 53,46%.

Em 2011, as mulheres passaram a ser maioria dentro do grupo de médicos com 29 anos ou menos. Dos 51.070 profissionais da Medicina nessa faixa etária, 54,50% são mulheres. Já nas faixas etárias mais idosas, a predominância masculina é maior. Porém, o número de médicas entre as faixas mais jovens é sempre crescente.

Fenômeno global
Segundo o artigo “Mais mulheres na medicina: fenômeno global e positivo”, presente no estudo e escrito pelo coordenador da pesquisa Demografia Médica no Brasil, Mário Scheffer, não é apenas no Brasil que as mulheres estão mais presentes na Medicina. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a porcentagem de médicas passou de 28,7% para 38,3% entre 1990 e 2005. Já nos Estados Unidos e no Canadá, elas já eram maioria entre os estudantes. Em países como a Inglaterra, Irlanda e Noruega, na década de 1990, os cursos de graduação de Medicina contavam com a maioria feminina.

Fonte: Cremesp com informações do CRM-PR

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