12/08/2010

Pagamento por performance em discussão


A Comissão de Cooperativismo, formada por representantes das três entidades nacionais: AMB, CFM e FENAM, discutiu, nesta quarta-feira, 10, a proposta do Pagamento por Perfomance (P4P) à comunidade médica. Estiveram presentes representantes dos conselhos regionais de medicina e da UNIMED.


O presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, abriu as discussões falando da importância do tema e sobre como deve ser feita a análise das propostas. Para o presidente, a grande dificuldade está em formatar parâmetros de desempenho para efetuar o pagamento por performance. "O pagamento por performance precisa de uma análise efetiva do CFM. Uma analise técnica sobre os requisitos que serão usados para qualificar o desempenho", explicou.


José Luiz destacou que a seleção de pacientes pode ser o ponto negativo do projeto, uma vez que estudiosos acreditam que o médico poderá selecionar seus pacientes para obter um melhor desempenho. "Isso pode gerar uma falta de assistência aos pacientes com casos mais graves", lembrou.


O presidente da UNIMED, Eudes de Freitas Aquino, disse que é preciso entender que a discussão não está somente na questão do pagamento de performance. Para Aquino, o desempenho está proporcionalmente ligado à estrutura dos hospitais onde atuam os médicos. Durante as discussões, o presidente apresentou dados sobre a saúde nos países que utilizam o projeto P4P e destacou que o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking de pior país para se morrer perdendo apenas pra India e Uganda. De acordo com ele "é preciso equilibrar qualidade do atendimento e custo".


O representante da UNIMED de Belo Horizonte, Dr. Paulo Borém, apresentou as propostas da operadora relacionada ao pagamento por perfomance. Borém destacou que a discussão é de extrema importância para a comunidade médica e apresentou os resultados da utilização do programa. Segundo Paulo Borém, o primeiro projeto de P4P foi realizado nos Estado Unidos, em 2002 e dois anos depois passou a ser utilizado na Inglaterra e que 25% do ganho médico, nestes países vem desta iniciativa. Borém explicou que a qualidade no serviço é avaliada utilizando 139 indicadores de qualidade. "O aumento na qualidade do atendimento foi visível e a redução do número de doentes internado diminuiu", afirmou.


O representante da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Márcio Bichara, destacou que a proposta apresentada durante a reunião não tem um encaminhamento formal e é necessário que as entidades se aprofundem nas discussões e cheguem em um consenso do que pode ser feito para melhorar a remuneração médica no sistema cooperativista. "Tudo relacionado à proposta e ligado a ética médica será discutido entre as entidade médicas para que se chegue ao consenso", pontuou.


Fonte: href="http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/390231" target="_blank">Fenam

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo.
    * campos obrigatórios

    Comunicar Erro

    Verifique os campos abaixo.

    * campos obrigatórios