31/08/2009

Para OMS, rapidez do H1N1 assusta


Em seis semanas, vírus percorre distância que outros levariam 168 dias (ou 24 semanas)



A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com o alto número de jovens adultos que não sobrevivem ao vírus H1N1 e aponta que a taxa de disseminação da gripe A é quatro vezes superior à das sazonais.


As afirmações são da diretora da OMS, Margaret Chan, em entrevista publicada neste fim de semana no jornal francês Le Monde. "O vírus viaja em uma rapidez inacreditável, quase jamais vista", diz. Segundo ela, 30% da população de países com alta taxa de urbanização devem ser afetados e 40% dos mortos são jovens adultos. "Mais da metade das mortes ocorreram com pessoas com algum problema de saúde. Mas isso significa que 40% tinham boas condições", afirma. "Isso é o mais preocupante."


A potência do vírus em se propagar também chama a atenção. "Em seis semanas, ele viaja uma distância que outros levariam seis meses", conta. A OMS já indicou que o H1N1 é predominante no mundo entre os vírus da gripe.


Chan também está preocupada com o fato de que o número elevado de casos em alguns países vem sobrecarregando o sistema de saúde público - o que pode levar à redução de recursos para outras doenças. "Não podemos roubar Pedro para pagar Paulo."



Vítimas fatais


Na última conta publicada pela OMS, 2,1 mil pessoas haviam morrido da gripe. Mais de 209 mil casos de infecções foram registrados. Para Chan, ainda levará meses antes que uma vacina chegue à população carente. Segundo ela, a capacidade de produção de vacinas no mundo será de 900 milhões de doses por ano para uma população mundial de 6,8 bilhões.


Os primeiros lotes da vacina foram entregues aos governos da França e do Reino Unido na semana passada. Os franceses podem começar uma campanha de vacinação gratuita a partir do dia 28 de setembro. Mas o governo admite que, por enquanto, o número de doses é baixo para a população.


A OMS alerta que o número de casos da gripe suína deve voltar a crescer de forma importante na Europa e Estados Unidos a partir de outubro, quando temperaturas mais baixas chegarão a essas regiões do mundo.



Fonte: O Estado de São Paulo.

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