04/05/2020

Pesar pela morte do compositor Aldir Blanc, vítima do coronavírus aos 73 anos

Autor de vasta obra musical e literária, ele também tinha formação em medicina e mantinha regular o seu registro no Conselho do Rio de Janeiro, embora tivesse deixado a atividade já nos anos 1970

O Conselho Regional de Medicina do Paraná manifesta pesar pela morte do compositor e escritor Aldir Blanc, nesta segunda-feira (4), aos 73 anos, vítima do coronavírus. Ele também tinha formação em Medicina e chegou a se especializar em Psiquiatria. Formou-se no início dos anos 1970 e se registrou no Conselho de Medicina do Rio de Janeiro em julho de 1972. Embora tenha atuado pouco na profissão, dedicando-se à música, Aldir Blanc Mendes sempre manteve regular o seu registro, tendo o CRM-RJ nº 160.850. Era natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em  2 de setembro de 1946.

"O CRM-PR alinha-se à corrente de solidariedade aos familiares, amigos e fãs de um dos principais expoentes da Música Popular Brasileira, com uma carreira de quase 60 anos, deixando legado de criatividade que marca a vida e a história de gerações. Uma triste perda para a música e a cultura", registrou a diretoria do Conselho na manhã desta segunda (4), logo após a confirmação da morte do compositor e escritor no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, no Rio. Ele havia sido atendido inicialmente dia 10 de abril na Coordenação de Emergência Regional do Leblon, com quadro de infecção urinária e pneumonia. A situação evoluiu para quadro de infecção generalizada e, com ajuda de amigos, ele foi transferido de hospital.

No dia 25, o parceiro de muitas letras João Bosco fez um tributo a Aldir Blanc dentro da programação de lives diárias promovidas pelo Sesc São Paulo. Das músicas tocadas, "De frente pro crime","Coisa feita", "Corsário", "Nação" e "O bêbado e a equilibrista", eternizada na voz de Elis Regina. Blanc, que era vascaíno, também compôs com João Bosco, que era flamenguista, o hino "Incompatibilidade de gênios", presente no disco "Caça à raposa", de 1975. Aldir Blanc também era cronista em vários jornais brasileiros e dentre os livros publicados estão "Rua dos Artistas", de 1978, e "Porta de Tinturaria", de 1981.

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