15/03/2021

Pesar pelo falecimento da médica Indiamara Saliane Mendes (CRM-PR 42.513)

Indígena da etnia kaingang, ele foi sepultada na manhã desta segunda-Feira (15) em sua comunidade de origem, no município catarinense de Ipuaçu. Tinha se formado em julho de 2019 pela Federal do Paraná

O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento da médica Indiamara Saliane Mendes (CRM-PR 42.513), de 29 anos, ocorrido no domingo, em Curitiba. Formada em julho de 2019 pela Universidade Federal do Paraná, ela estava trabalhando na linha de frente do combate à Covid-19, com atuação no Hospital Regional do Litoral (HRL), de Paranaguá, e como plantonista de unidades de pronto atendimento em Garuva (SC) e Pinhais (PR).

clique para ampliarclique para ampliarIndiamara completaria 29 anos no dia 15 de abril;. (Foto: Arquivo)

Indígena da etnia kaingang, Indiamara era filha de Elizete Aparecida Mendes e de Rildo Mendes, líder da Terra Indígena Toldo Imbu e da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul). Duda, como era conhecida, nasceu em Ipuaçu, pequeno município catarinense da região de Xanxerê e que tem quase a metade de sua população formada por indígenas. O corpo foi velado na manhã desta segunda-feira (15) na Igreja da Comunidade de Linha Salete e sepultado às 10h no Cemitério da Linha Pinhalzinho, em Ipuaçu.

A morte da jovem médica causou grande comoção em sua comunidade e também nas redes sociais. Ela foi encontrada por uma amiga em seu apartamento, no Centro de Curitiba, no início da tarde de domingo (14). Nascida em 15 de abril de 1992, Indimara trabalhou como secretária da Arpinsul quando se preparava para fazer o Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, na UFPR.

Em sua manifestação, a Arpinsul registrou: “Nos solidarizamos e sentimos juntos a perda da jovem kaingang que nos deixou de forma tão inesperada. Força à toda família, principalmente ao Rildo Mendes, pai da Indiamara, um dos fundadores e coordenadores da Arpinsul pelo estado de SC.”

Em nota, UFPR e o Grupo PET Litoral Indígena, informaram ainda no domingo que “os povos indígenas estão de luto”, manifestando solidariedade aos pais e demais familiares. O hospital do litoral e também a UPA de Garuva, esta por meio de sua secretaria municipal de saúde, também lamentaram a morte da médica.

“Impossível não lembrar da sua determinação: eu quero, eu posso, eu consigo! Sempre batalhadora correndo atrás dos seus objetivos, e sendo dona de si, a forma mais linda de ser uma mulher! Fique com Deus, descanse em paz”, registrou uma amiga nas redes sociais”. Outra completou: “Que a família encontre força e fé para superar esse momento de dor e tristeza. E que Deus a tenha em lugar à altura de sua virtude, exemplo e valor.”

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