24/09/2020

Pesar pelo falecimento do Dr. Tsutomu Higashi, de Londrina, mais uma vítima da Covid-19

Prestes a completar 77 anos, ele é o 13º profissional médico vítima da Covid-19 no Paraná; pediatra Marissol Bassil, de 55 anos, e o gineco-obstetra Celso Ariello, de 64 anos, também faleceram nesta semana

A Medicina paranaense perdeu mais um de seus expoentes em meio a pandemia do novo coronavírus, elevando para 13 o número de médicos falecidos no Estado por causa da doença. O Dr. Tsutomu Higashi (CRM-PR 3.194), ex-professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Londrina e com 52 anos de atividade profissional, faleceu nesta quinta-feira (24) vítima da Covid-19. Ele, que estava internado em UTI hospitalar, iria completar 77 anos de idade no dia 10 de outubro. A cerimônia de despedida, restrita à família, ocorreu às 14h no Crematório Allamandas. As condolências da classe médica aos familiares e amigos.

clique para ampliarclique para ampliarDr. Higashi, com os filhos médicos, em 2018. (Foto: Arquivo)

Filho de imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil em 1919, o Dr. Tsutomu Higashi formou-se em 1968 pela Universidade Federal do Paraná, tendo obtido títulos de especialista em Patologia Clínica, Homeopatia e Nutrologia. Em 2018, na passagem do Dia do Médico, recebeu do Conselho de Medicina do Paraná o Diploma de Mérito Ético-Profissional por seu histórico no Jubileu de Ouro sem qualquer sanção disciplinar. A comenda foi entregue por seus dois filhos médicos, os Drs. Rafael (CRM-PR 26.242), nutrólogo e neurologista com atuação hoje no Rio de Janeiro, e Leonardo (25.067), endocrinologista e nutrólogo.

História

Após a conclusão do curso médico em Curitiba, o Dr. Tsutomu seguiu para São Paulo para fazer residência em Patologia Clínica no Hospital do Servidor Público. Obteve o CRM-SP nº 14.219 e, em 1971, após concluir a formação, foi convidado a lecionar a disciplina de sua especialidade na Universidade Estadual de Londrina. Na cidade fundou a Clínica Higashi (que em japonês significa aonde o sol nasce). No início dos anos 1990, foi convidado a trabalhar e estudar no Japão, no hospital da cidade de Amagasaki, estado de Hyogo. De volta ao Brasil, implementou nova dinâmica em sua clínica, onde no início dos anos 2000 obteve o “reforço” dos filhos também graduados em Medicina.

clique para ampliarclique para ampliarDr. Higashi, em foto recente. (Foto: Arquivo)

O seu extenso currículo inclui, dentre outras atividades, a de médico voluntário da Cruz Vermelha, editor do jornal Ecologia Médica, presidente-fundador da ONG Manancial d’Ouro (com centenas de associados e que tem a finalidade de prevenir a população ameaçada por agentes contaminantes, e também do meio ambiente e da qualidade da alimentação) e palestrante-colaborador do Sebrae para incentivo à implantação da agricultura orgânica nos municípios. Ainda era autor de inúmeros trabalhos científicos. Além de São Paulo e Paraná, o Dr. Higashi tinha registro no Conselho de Medicina do Mato Grosso do Sul (CRM-MS 880), onde atuou na década de 1990.

Nas redes sociais houve grande número de manifestações de pesar e solidariedade à família. A jornalista Lia Mendonça, de Londrina, registrou a morte do médico em decorrência da Covid-19, indicando detalhes da despedida e expressando sentimentos à família.

Perdas pela Covid-19

Esta semana, na Grande Curitiba, já tinham sido registradas as mortes dos Drs. Celso Ariello (CRM-PR 7.231), gineco-obstetra de 64 anos de idade e 40 de profissão, e Marissol Bassil (CRM-PR 12.135), pediatra de 55 anos e 31 de atividade médica. Com as três mortes nesta semana, chegam a 13 as ocorridas no Paraná tendo médicos como vítimas. Além desse grupo, outros médicos que eram registrados no CRM-PR e tiveram atuação no Estado perderam a vida em outras regiões em decorrência da doença.

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