Formado pela Universidade Federal do Paraná, tinha 90 anos, era especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Mastologia.
Faleceu no sábado (13), em Curitiba
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Dr. Laerte tinha 90 anos. Em 2011, recebeu do CRM-PR o Diploma
de Mérito Ético-Profissional, por seu filho, o médico Laerte Justino de Oliveira Filho (Foto: CRM-PR)
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR)
comunica com pesar o falecimento do médico Laerte Justino de Oliveira (CRM-PR 1.121), ocorrido no último sábado
(13), no Hospital INC, em Curitiba. O sepultamento foi realizado no domingo (14), na Capela Mortuária da Luz em Curitiba
e o velório aconteceu no Crematório Perpétuo Socorro em Campo Largo (PR). As condolências da classe
médica aos familiares e amigos.
Natural de Guapiaçu (SP), nasceu no dia 8 de
outubro de 1935, estava com 90 anos e era filho de Joaquim J. de Oliveira Filho e Benedita Theotonio P. Oliveira. Formou-se
pela Universidade Federal do Paraná em 1961. Tinha especialidade em Ginecologia e Obstetrícia (RQE 7.646) e
em Mastologia (RQE 7.647).
No ambiente acadêmico, teve atuação
de destaque na formação médica no Paraná. Foi professor titular do Departamento de Tocoginecologia
da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor titular de Clínica Ginecológica da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR), além de ter exercido a chefia do Departamento da UFPR no período
de 1985 a 1987.
Na área assistencial
e de gestão, atuou como Diretor Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e chefe do Serviço
de Ginecologia, com participação relevante na estruturação e no fortalecimento dos serviços
de oncologia da Santa Casa e do Hospital Santa Cruz. Sua trajetória profissional reflete o desenvolvimento da assistência
ginecológica e oncológica no Paraná.
Acadêmico Fundador e Emérito da Academia Paranaense de Medicina, tomou posse em 1979, honraria concedida
a médicos cuja atuação deixa contribuições permanentes para a Medicina no Estado.
Em 2011, recebeu do CRM-PR o Diploma de Mérito Ético-Profissional
e o símbolo da Medicina, em reconhecimento aos 50 anos de formatura e ao histórico ético exemplar na
profissão. Na ocasião, o diploma foi entregue em mãos por seu filho, o médico Laerte Justino de
Oliveira Filho (CRM-PR 18.720).
A Sociedade Brasileira de Mastologia manifestou pesar
pelo falecimento do médico em nota publicada nas redes sociais:
“A mastologia brasileira, e em especial a
mastologia do Paraná, despede-se do Dr. Laerte Justino de Oliveira, falecido aos 90 anos, deixando um legado pioneiro
de assistência, ensino e construção institucional. Reconhecido como um dos nomes que ajudaram a estruturar
e difundir a especialidade no Estado, Dr. Laerte pertence à geração que abriu caminhos para que a mastologia
se consolidasse no Brasil e chegasse com força ao Sul do país.
Ao longo de sua trajetória, exerceu papel
central na formação médica e na vida acadêmica. Foi Professor Titular (aposentado) do Departamento
de Tocoginecologia da UFPR e também Professor Titular de Clínica Ginecológica na PUCPR, além de
ter ocupado funções de liderança universitária, incluindo a chefia departamental na UFPR (1985–1987).
Sua atuação como educador marcou gerações de médicos, transmitindo disciplina clínica,
rigor técnico e, sobretudo, compromisso com a boa medicina.
No âmbito assistencial e institucional, Dr.
Laerte teve participação determinante na organização de serviços e no cuidado às
pacientes. Foi Diretor Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e atuou como Chefe do Serviço
de Ginecologia da Santa Casa de Curitiba, além de ter contribuído na coordenação/estruturação
de serviços de oncologia vinculados à instituição e ao Hospital Santa Cruz em Curitiba. Sua carreira
se confunde com a própria evolução da assistência à saúde da mulher no Paraná,
em um período em que protocolos, equipes e fluxos ainda estavam sendo construídos.
Também teve presença relevante na
vida médica paranaense, figurando como Acadêmico Fundador e Emérito da Academia Paranaense de Medicina
(posse em 1979), reconhecimento reservado a trajetórias que ajudaram a moldar a medicina do Estado.
O exemplo do Dr. Laerte permanece: pioneirismo sem
vaidade, liderança pelo trabalho, e dedicação genuína às pacientes e à formação
de novos especialistas. À família, amigos, colegas e discípulos, fica a nossa solidariedade. À
mastologia, fica a gratidão por uma vida inteira de contribuição.
Sociedade Brasileira de Mastologia – homenagem e reconhecimento”.