02/08/2010

Pesquisa médica estuda assistência obstétrica na saúde suplementar


Identificar as razões pelas quais o índice de cesarianas é tão elevado no setor de saúde suplementar. Este é um dos objetivos da pesquisa promovida pela Comissão de Parto Normal, composta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O questionário, que encontra-se disponível no endereço eletrônico href="http://www.medico.cfm.org.br/pesquisaparto" target="_blank">www.medico.cfm.org.br/pesquisaparto desde o início de junho, e deve ser preenchido por obstetras e ginecologistas.
O objetivo é que os 16.163 médicos associados à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) participem da pesquisa, cujos resultados irão permitir às entidades elaborar um diagnóstico que consinta o desenvolvimento de ações capazes de assegurar melhor assistência materno-infantil, com o aperfeiçoamento do modelo atual de atenção obstétrica e neonatal no setor da saúde suplementar. Além disso, ajudará a compreender a percepção do grupo acerca de mudanças demandadas neste campo da assistencial.

As respostas individuais serão mantidas em sigilo, desvinculadas da identidade dos participantes. A segurança do procedimento é assegurada por um mecanismo de autenticação que exigirá do médico o número de seu registro no CRM local, a data de seu nascimento e a identificação da unidade da federação onde está registrado. Uma vez que os questionários tenham sido remetidos, não será possível preenchê-los uma segunda vez ou retificar as respostas.



Sobre o alto índice de cesarianas na saúde suplementar

Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que 43% de todos os partos realizados no país são cesarianos. Na rede de assistência suplementar, o número de cesarianas representa 80% do total de partos. Os índices são muito superiores ao que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 15%. À época da divulgação desses números, o ministro José Gomes Temporão afirmou que o Brasil vivia uma "epidemia de cesarianas". De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados por ano aproximadamente 3 milhões de nascidos vivos no país. Destes, 2,1 milhões nascem em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) - 1,4 milhão de partos normais, 670 mil de cesarianas. Os dados mais recentes do SUS, de 2009, indicam que as cesáreas representam 34% dos partos realizados no sistema de saúde pública.

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo.
    * campos obrigatórios

    Comunicar Erro

    Verifique os campos abaixo.

    * campos obrigatórios