04/10/2007

Presa quadrilha de próteses falsificadas

Com ações simultâneas em quatro estados, 150 agentes da Polícia Federal (PF) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) começaram a desarticular ontem um esquema de venda de órteses e próteses falsificadas. Segundo a PF, fazem parte do grupo desde empresários e médicos a funileiros.Cinco pessoas foram presas em flagrante.
Sem controle sanitário e de baixa qualidade, as peças metálicas vendidas ilegalmente podem causar metalose, que é a corrosão das próteses e até dos ossos dos pacientes. Os danos à saúde são graves e, com a rejeição à prótese associada à necrose causada pela corrosão do metal, o paciente pode sofrer uma amputação e morrer.
Os policiais cumpriram 26 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Paraná, no Maranhão e em Pernambuco.
No entanto, só foram feitas as prisões em flagrante, porque, de acordo com fontes da PF, a Justiça não expediu mandados de prisão para as pessoas supostamente envolvidas. Quatro pessoas foram presas em Campinas.
O outro preso é o pastor evangélico e representante de vendas Cláudio Emídio Neto, que vivia em Petrolina (PE). Segundo o delegado Alexandre Lucena, Emídio vendia as próteses pela internet.
Segundo Lucena, Emídio Neto alegou que as peças encontradas em sua casa eram um mostruário e admitiu fazer a comercialização.
O bando agia há pelo menos quatro anos no mercado de próteses.
A PF não revelou quantas pessoas já foram vítimas da quadrilha.
Os lucros do esquema chegavam até a 100 vezes o custo do produto falsificado. Os envolvidos responderão por falsificação e adulteração de produtos de uso médico-hospitalar, com pena prevista de dez a 15 anos de prisão.
Fonte: O Globo

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