18/07/2008

Publicação mostra escalada das escolas médicas no País

Escolas médicas - De 2000 a 2008 foram abertas 74 escolas médicas no País, sendo 57 delas - ou 77,02% - delas privadas, que se somam a outras oito federais, oito estaduais e uma municipal. Isso significa que em menos de uma década foram abertos mais de 42% dos 175 cursos de Medicina hoje existentes e que fazem parte de uma história de 200 anos. As novas faculdades desta década acrescentaram 6.260 vagas, elevando o tal disponível anualmente para 17.214. O Paraná aparece em sexto lugar entre os Estados, com suas nove escolas e 812 vagas.

Os números fazem parte da segunda edição da revista Escolas Médicas do Brasil, recém-lançada pelo Prof. Dr. Antonio Celso Nunes Nassif, ex-presidente da Associação Médica do Paraná e da Associação Médica Brasileira. Em seu trabalho, que também pode ser conferido no site exclusivo sobre o tema na internet (www.escolasmedicas.com.br), apresenta detalhes de todas as faculdades e volta a defender um "Projeto Flexner Brasileiro", referindo-se ao marco da reorganização do ensino médico n América do Norte. De 1906 quando o estudo começou nos Estados Unidos e Canadá, eles detinham 160 escolas em sua maioria com formação deficiente. Trinta anos depois eram fechados 94 cursos e outros tantos obrigados a se readaptar.

O Prof. Nassif insiste que o controle de abertura de escolas deve ser rígido, pois, diz, "a continuar essa liberação desordenada, a banalização da profissão médica será inevitável. E reforça: "O que não se pode permitir é o desabamento de uma estrutura do ensino superior brasileiro, com a criação de cursos de Medicina sem mínimos recursos, sem hospital na região, sem corpo docente, sem bisturi". Ele entende ainda a necessidade de recuperar as escolas deficientes e a suspensão de vestibulares e matrículas novas nas comprovadamente irrecuperáveis. A publicação também traz os conceitos do Enade 2007 e do IDD, que retrata um quadro preocupante da formação médica no País.


Suspenso novo curso

O Des. Élio Siqueira, do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, acolheu pedido de reconsideração do Ministério de Educação e suspendeu o curso da Faculdade de Medicina de Garunhuns (Fameg), mantida pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (Itpac), de Pernambuco. Amparada em decisão liminar proferida pelo próprio magistrado, a Fameg realizou seu vestibular em 15 de junho e iniciou as aulas. Para abrir o curso, a faculdade tinha utilizado autorização do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. O MEC questionou a iniciativa pela AGU. Ao rever sua decisão, o desembargador assinalou que cabe à União a incumbência de autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das instituições de ensino superior.

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