05/04/2012

Publicadas novas normas para realizar mamografia

Hospitais e clínicas deverão se adequar até 2013


BRASÍLIA (ABr e Folhapress) - Hospitais e clínicas públicas e particulares que fazem exames de mamografia no País terão de adotar, até o fim do ano, o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia, criado pelo Ministério da Saúde por meio de portaria publicada ontem no Diário Oficial da União. O programa já está em vigor. Além de garantir a qualidade, outro objetivo do programa é minimizar os riscos associados ao uso do raio X.


De acordo com a nova norma, serão avaliadas as imagens da mamografia, o laudo médico, a capacitação dos profissionais de saúde e a taxa de detecção de câncer de mama pelo exame. O monitoramento anual será feito por comitê formado por representantes do ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e de sociedades médicas. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também integra o grupo e deverá baixar norma obrigando os planos de saúde a contratar somente prestadores de acordo com o programa.


O programa prevê ainda que, a partir de 2013, sejam feitas análises anuais dos atendimentos, com base em relatórios encaminhados ao ministério pelas clínicas. A partir deste período, nenhum plano de saúde poderá credenciar empresas que não seguirem as diretrizes. Da mesma forma, o SUS não pagará por exames que não estiverem dentro das normas.


Para o vice-presidente do Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Mastologia, Rodrigo Pepe, o controle vai reduzir discrepâncias entre os serviços na rede pública e na privada. "Hoje há muito mais diagnósticos precoces nos hospitais privados que nos públicos. Vejo um ganho global para a população", disse.


A mamografia é o exame fundamental para diagnóstico de câncer de mama, o mais comum entre as brasileiras. Se identificado em estágio inicial, as chances de cura são de 95%. No Brasil, a taxa de mortalidade é considerada alta, porque a doença é identificada em fase avançada, segundo o Inca. O instituto estima 52.680 novos casos este ano. O exame deve ser feito a cada dois anos por mulheres com mais de 50 anos ou a partir dos 40 anos, segundo recomendação médica.


Fonte: Folha de Pernambuco

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