13/04/2011

Representantes dos farmacêuticos, dentistas e fisioterapeutas participaram do protesto médico em relação à saúde suplementar

CRF-PR, CRO-PR, CREFITO-8 e APFISIO apoiaram a classe médica no Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Pacientes de Planos de Saúde, realizado no dia 7 de abril, em Curitiba



Para protestar contra os baixos honorários praticados pelos planos e seguros de saúde, a classe médica realizou uma paralisação nacional no dia 7 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde. No Paraná, dirigentes do href="http://www.crf-pr.org.br/" target="_blank">Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR), do href="http://www.cropr.org.br/portal/inicio/" target="_blank">Conselho Regional de Odontologia do Paraná (CRO-PR), do href="http://www.crefito8.org.br/site/" target="_blank">Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8.ª Região - Paraná (CREFITO-8) e da href="http://www.apfisio.org/" target="_blank">APFISIO - Associação Paranaense de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia apoiaram a mobilização e participaram das atividades realizadas na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba. O ato contribuiu para engrossar o movimento médico no Estado, que contou ainda com o apoio de institutos e associações que representam o consumidor, como a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Os simpatizantes acreditam que a reivindicação é justa e refletirá no bom atendimento aos pacientes.



Farmacêuticos pedem atualização dos referenciais de honorários


A presidente do CRF-PR, Marisol Dominguez Muro, acompanhou as atividades realizadas na sede da AMP e afirmou que a postura das operadoras é incompatível com a função social dos diversos profissionais da saúde. Em site institucional, ela informou que o CRF-PR apoia a luta pela atualização dos referenciais de honorários também de Laboratórios de Análises Clínicas. "O dia de paralisação (7 de abril) foi muito importante para os profissionais da área da saúde que atendem usuários de planos de saúde. A nossa paralisação foi um grito de alerta visando mostrar para a população a situação limite em que nos encontramos frente aos repasses dos pagamentos a nós feitos pelos planos de saúde", afirma.



Dentistas expressam apoio à classe médica e solidarizam-se à luta


Para o presidente do CRO-PR, Roberto Eluard da Veiga Cavali, é importante salientar que a luta começa agora. "Não podemos deixar apagar a chama da nossa paralisação. É necessário o apoio de todos os cirurgiões-dentistas nesta luta para conseguirmos os nossos direitos frente às operadoras dos planos de saúde", enfatiza.


Os dentistas pedem a adoção de uma tabela própria, criada pela categoria há mais de um ano, que traz o valor da consulta como base de cálculo de todos os procedimentos atrelados ao atendimento. "Não adianta apenas a luta das entidades, elas com certeza farão a sua parte, mas o mais importante é a participação de cada profissional, mostrando sua insatisfação quanto ao momento atual e participando dos movimentos que iremos promover. Não podemos achar que a nossa valorização virá por decreto", completa.



Fisioterapeutas, há 19 anos sem reajuste


Os fisioterapeutas informam que os valores de consultas e procedimentos pagos por parte das operadoras de saúde não são reajustados há 19 anos e os índices chegam a até 200% de reposição de inflação. Além disso, afirmam que há glosas indevidas, como alterações nas guias, e atrasos nos pagamentos de honorários.


"A saúde está doente", afirma a presidente da APFISIO, Marlene Izidro Vieira. Para ela, que também é conselheira do CREFITO-8, falta vontade de negociação às operadoras. "O atendimento por convênio representa 90% dos nossos serviços, mas se não conseguirmos uma boa negociação vamos nos descredenciar e as operadoras terão de explicar a seus pacientes por que não há fisioterapeutas para atendê-los", explica.


As informações são referendadas pela conselheira do CREFITO-8, Naudimar di Pietro Simões, que também participou do dia de protesto contra os baixos honorários praticados e a interferência das empresas na autonomia da relação com os pacientes. Para ela, um problema que deve ser enfatizado é a insuficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na regulação do diálogo entre os planos e os prestadores.

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