25/05/2007

Secretários concluem pedido de apoio ao HR


Documento será assinado pelos secretários e prefeitos da região antes de ser encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa)


Os secretários municipais de saúde dos municípios quem compõem a 20ª Regional de Saúde estiveram reunidos em Toledo na tarde de ontem para discutir assuntos de interesse dos municípios junto ao Estado. O tema principal da pauta foi a construção do hospital regional em Toledo para atender a demanda de todos os municípios da regional. Na reunião, foi aprovado o texto do documento que será assinado pelos secretários e pelos prefeitos dos municípios solicitando à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) o apoio na construção do hospital.

De acordo com os municípios, o aumento da densidade demográfica de região Oeste, devido ao crescimento econômico, aumentou também a demanda por leitos em hospitais, principalmente no que diz respeito à medicina curativa. Segundo os secretários, o município de Cascavel, que sempre foi referência para os municípios da 20ª Regional não é mais suficiente para atender a necessidade. O município conta apenas com o Hospital Universitário, já que a rede privada não está credenciada no SUS. A própria regional de Cascavel estaria saturada, pleiteando um novo hospital público e buscando leitos, inclusive na regional de Toledo. "Cascavel hoje atende mais de 50 municípios", acrescenta a secretária de Saúde, Kuniko Maeda Smith.

Devido a estes fatores, os municípios da 20ª Regional têm que enviar pacientes para outros centros distantes, gerando custos elevados e transtornos para as famílias.
A escolha por Toledo se deve ao fato dela ter se tornado um pólo na região. A prefeitura já doou o terreno e elaborou a planta do hospital, a qual já foi aprovada pela Sesa. O pedido aprovado ontem agora será assinado pelos prefeitos e em breve estará nas mãos do secretário de Saúde do Paraná.



Dinheiro suado

Relatório divulgado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que o dinheiro que o contribuinte brasileiro ganhar com trabalho até amanhã (26) será totalmente destinado ao pagamento de tributos. O tema já foi debatido neste espaço e volta a ocupar as páginas do Jornal do Oeste porque nós, brasileiros, estamos fadados a pagar impostos, muitos impostos, em pelo menos 1/3 do ano.

Para pagar todos os impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos federal, estadual e municipal, o brasileiro teve que trabalhar 4 meses e 26 dias (146 dias). Na década de 1970, o cidadão trabalhava 2 meses e 16 dias para pagamento dos tributos; na de 1980, 2 meses e 17 dias e, na década de 1990, 3 meses e 12 dias.

Segundo o levantamento, ao pagar os tributos, o cidadão brasileiro comprometerá 40,01% de seu rendimento bruto este ano. Em 2003, este comprometimento era de 36,98%; em 2004, de 37,81%; em 2005, de 38,35% e, em 2006, de 39,72%, o que mostra uma coisa: o apetite do 'leão' está insaciável e só tende a piorar com as greves deflagradas esta semana, todas forçando a negociação em tempos de crise, o que sempre acaba sobrando para o cidadão comum.
A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários etc.) é formada, principalmente, pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária e sindicais. Além disso, ainda existem a tributação pelo consumo (PIS, Cofins e outros) e pelo patrimônio (IPTU, IPVA), numa escala que afeta a todos, empregados e empresários.

O levantamento ainda mostrou que a classe média - rendimento entre R$ 3 mil a R$ 10 mil - foi a que mais precisou trabalhar para pagar os tributos: 156 dias, comprometendo 42,70% da renda bruta. A classe alta teve que trabalhar 152 dias e comprometeu 41,73% da renda, e a classe mais baixa, 141 dias e 38,75% da renda.

Enquanto no Brasil se trabalha 146 dias para conseguir pagar os tributos, nos vizinhos Argentina (97 dias) e Chile (92 dias) não se trabalha nem cem dias. A título de comparação, o levantamento do IBPT ainda mostrou que na Suécia são necessários 185 dias; na França, 149; na Espanha, 137, e nos Estados Unidos, 102 dias.

Apesar do número de dias ser, forçosamente, próximo, ainda assim o brasileiro paga muito imposto pela péssima qualidade dos serviços públicos oferecidos, embora, é preciso reconhecer, houve avanços em muitos setores, entretanto, sem o combate ao desperdício do dinheiro público, como a Operação Navalha vem demonstrando, será difícil fazer o cidadão pagar impostos por 146 dias a fio, enquanto uma banda podre da política segue cometendo desmandos contra a nação inteira, inclusive a si próprio. A navalha, neste caso, corta a própria carne.


Fonte: Jornal do Oeste, Toledo

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