21/01/2008

Secretários defendem novo imposto igual a CPMF


Depois da derrota sofrida no Senado com o fim da CPMF, governos estaduais e prefeituras começam a movimentar o lobby pela recriação do tributo. Representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) foram ontem ao Palácio do Planalto defender a proposta de implementação de um imposto com características semelhantes ao tributo extinto no ano passado, mas com receita voltada integralmente para a área da saúde. Apesar do governo se esquivar de assumir a autoria da proposta, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, discutiu a proposta com os secretários.

- Queremos discutir com o Congresso um imposto que pode ter outro nome e garanta mais investimentos para a saúde. A nossa preocupação é que não haverá mais recursos para a saúde e o setor comece a ser prejudicado. A saúde é sempre o patinho feio - disse o presidente do Conass, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS).

De acordo com Terra, José Múcio fez questão de frisar que o governo não participará do debate. A base governista no Congresso, contudo, encampou a causa na semana passada. Líderes aliados no Parlamento defenderam a recriação do tributo na última quarta-feira, em reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, convocada para discutir os cortes que serão feitos no Orçamento de 2008. A proposta foi apresentada pelo governo nos últimos lances da malfadada negociação pelo apoio do PSDB à CPMF, antes da votação que colocaria um fim ao tributo, em dezembro do ano passado. O partido oposicionista recusou a proposta, feita horas antes da votação em primeiro turno no plenário do Senado.

- Quando começar a morrer gente nas portas dos hospitais, não podem colocar a culpa nos secretários, mas em quem tirou dinheiro para a gente trabalhar - reclamou Terra.


Fonte: Jornal do Brasil

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