Site informa que existem mais de 400 Escolas Médicas no país

No site do INEP (http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/funcional/lista_cursos.asp) consta a informação de que existem 1.011 cursos de "direito" e 12 de "ciências jurídicas". De "Medicina" são informados 416 cursos. De "administração" são 3.293! Mas isso não é o grave. O grave, gravíssimo, é que engenheiros, agrônomos, físicos, matemáticos, biólogos etc., estes sim fundamentais ao desenvolvimento da nação, estão cada vez mais marginalizados, com cursos vazios. De "agronomia" são apenas 143 cursos. Sinal evidente de nossa triste situação. É importante observar também que a formação em massa de profissionais em cursos de baixo custo de instalação também atende ao interesse da União, questão olvidada até agora. Explico-me. Quando as instituições internacionais fazem a classificação dos países conforme a educação, não distinguem a formação acadêmica da população, mas apenas o grau de instrução. Ou seja, formando aos milhões administradores, advogados etc. o Brasil aparecerá nos levantamentos como uma nação cada vez mais estudada, quando na verdade não é o que efetivamente ocorre diante da concentração de formandos em uma ou duas áreas de conhecimento, distantes das necessárias ao engrandecimento do Brasil. Os políticos e os burocratas do MEC podem exibir satisfeitos suas estatísticas, mas estas estão postas sobre bases no mínimo criticáveis. Logo, a iniciativa privada, ao criar cursos, apenas atende a um interesse superior, a saber, produzir bons números de formandos. Com relação aos números, como pode atestar, estão todos disponíveis no próprio INEP.

Wanderley Romano Donadel, advogado de Uberlândia - MG

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