24/10/2008

Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza a 10ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele

É o tipo de câncer com maior incidência no País. No dia 8 de novembro, em média 1.500 dermatologistas farão atendimentos gratuitos em cerca de 200 postos, em 23 estados.



A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza este ano a 10ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele, que será no dia 8 de novembro de 2008, das 9h às 15h.
Cerca de 1.500 dermatologistas farão atendimentos gratuitos em 174 postos, em 23 estados do País. Serão oferecidos exames completos da pele e orientações sobre os cuidados com a exposição solar, prevenção e descoberta precoce da doença. Além disso, casos de diagnósticos positivos serão imediatamente encaminhados para tratamento ou cirurgia sem nenhum custo.
De acordo com um dos coordenadores nacionais da campanha, o dermatologista Marcus Maia, cerca de 10% das pessoas examinadas nas edições passadas da campanha apresentaram a doença. Esse índice vem se mantendo devido à falta de cuidados dos adultos de hoje durante a infância e a juventude. A expectativa é de que esse quadro mude em cerca de 30 anos, quando os jovens que atualmente se protegem do sol estiverem com idade mais avançada.


A campanha é uma das ações de um projeto maior da SBD, o Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele (PNCCP), criado em 1999. Desde então, a Sociedade realiza ações diferenciadas com o objetivo de diminuir, a longo prazo, o número de casos do câncer que é o de maior incidência no Brasil.
As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevêem 120.930 novos casos no País em 2008. De acordo com Maia, o programa tem o objetivo de estimular a prevenção, de forma a evitar a incidência do câncer no futuro. Ou seja, evitar que o câncer ocorra. Ele diz ainda que a prevenção secundária consiste no diagnóstico precoce, já a prevenção terciária, uma vez identificado o câncer, no acompanhamento do paciente até o fim do tratamento.


Segundo Maia, os atendimentos do dia 8 de novembro terão foco principal no grupo de risco, composto geralmente por pessoas de pele clara, com manchas, casos de câncer da pele na família ou quadro anterior da doença. Inclusive, para quem quiser fazer um teste, o site da SBD disponibiliza uma calculadora de risco para câncer da pele. Dessa maneira, a população pode saber qual é a probabilidade de ser portadora da doença ou de apresentá-la no futuro.
No último ano, foram feitos 32.446 atendimentos em todo o Brasil, com 3.100 casos positivos de câncer da pele e a expectativa para 2008 é de que 40 mil pessoas compareçam aos postos de atendimento. Entretanto, o dermatologista ressalta que o objetivo central da campanha é estimular a prevenção.
"Não adianta batermos nenhum tipo de recorde. Queremos interferir na incidência da doença, estimulando o processo de prevenção primária. Evitar que o câncer ocorra, lembrando a importância do uso de protetor solar, roupas e chapéus na

exposição ao sol". As palavras do médico são reforçadas pela dermatologista Selma Cernea, também coordenadora nacional da campanha: "A vestimenta adequada é tão importante quanto a aplicação do filtro solar", diz.
Mais informações no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia: www.sbd.org.br .





O câncer da pele


Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, dependendo da camada afetada, surgem os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares.


O carcinoma basocelular é o tipo mais freqüente, e representa 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.


Já o carcinoma espinocelular, o segundo tipo mais comum de câncer da pele, pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Entre suas causas, estão a exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada; o tabagismo; exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.


O melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.




Como identificar o câncer da pele


Além da proteção solar, é importante fazer uma avaliação clínica da pele para prevenir o desenvolvimento da doença. É preciso estar atento a alguns sinais:


Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;

Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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